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MISTURA FINA: Volta do busto do Costa e Silva para lugar público é tema na Tribuna Livre

Na sessão do Legislativo realizada na terça-feira, 10 de dezembro, o espaço da Tribuna Livre foi utilizado para debater a questão da volta ou não do busto de Costa e Silva para as margens da Lagoa Armênia. A professora Luzia Regina Hermann representou o Cpers Sindicato, e o historiador João Paulo da Fontoura, a Associação do Theatro São João.
Na tribuna, Luzia afirmou que estava ali para representar e defender a posição de moradores da cidade. Leu uma lista de 27 nomes que, segundo ela, seriam pessoas assassinadas a mando do Costa e Silva, quando ministro da Guerra, entre 1964 e 1966, identificadas no terceiro volume do Relatório Oficial da Comissão Nacional da Verdade, divulgado no dia 10 de dezembro de 2014. “São dados históricos, que não saíram da minha cabeça”, disse Luzia.
Citou uma afirmação do prefeito André Brito para o jornal O Fato. “Há um movimento da sociedade para que o busto volte a ser colocado no lugar de origem”. A professora defendeu, que, na verdade, não se tem conhecimento de qualquer debate amplo sobre o tema junto à população de Taquari.
Também salientou que a volta do busto para o espaço público reafirma valores antidemocráticos embutidos na homenagem.
Acrescentou que Costa e Silva foi um dos articuladores do Golpe de 64 e responsável pela promulgação do Ato Inconstitucional número 5 e “institucionalizou a repressão como mecanismo de terror do Estado”, disse. Continuou destacando que nos “anos de chumbo” pessoas que faziam oposição ao regime eram sequestradas, torturadas e assassinadas. “Essa ação de retorno dessa homenagem evoca a valorização desse passado arbitrário que busca legitimar a violência do Estado contra o povo brasileiro”, frisou.
Segundo Luzia, a democracia brasileira sofre uma crise e citou a vandalização da sede dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, o atentado de um homem- bomba no Supremo Tribunal Federal em 12 de novembro deste ano e a divulgação de um inquérito da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe que teria sido articulada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para Luzia, a ideia de remanejar o busto de bronze em homenagem a Arthur Costa e Silva para espaço público é vexatória para o município. Sugeriu que o busto seja guardado no Museu Costa e Silva junto com história do presidente e que uma audiência pública deveria ser realizada para tratar desse tema.

João Paulo diz que Costa e Silva tem erros e acertos

João Paulo da Fontoura apresentou -se como historiador diletante, pois não tem formação na área.
Para João Paulo, hoje estamos vivendo uma “ditadura brutal” do Supremo Tribunal Federal, mas que não seria pior que os Atos Inconstitucionais número 5, que fazem parte do currículo política do Costa e Silva. “Ele tem erros e tem acertos, e para falar sobre ele, li 350 livros”, disse João Paulo.
Na opinião do historiador, estão “vilipendiando” Costa e Silva com argumentos da Comissão da Verdade. “A Comissão da Verdade é a mesma coisa que o livro do Coronel Ustra. É ideologia pura, não tem representação democrática ali dentro”, frisou. Neste momento, parte da plateia ficou de costas.
Afirmou que estava nas mãos com o boneco do livro que escreveu para homenagear o povo de Taquari. Conforme João Paulo, intencionalmente, ele colocou Costa e Silva jovem na capa. “Para não estereotipar como aquele militar duro da revolução de 1964, porque, se vocês conhecessem minimamente a história, vocês saberiam que o Costa e Silva arriscou todo um esforço da família dele e dele fazendo escola militar, se envolvendo no movimento tenentista de 1922”, relatou.
Disse que esta parte da história ninguém gostava, porque não pegavam um livro de história, e que só gostavam de ideologia. “Se tirar a ideologia de vocês, é um zero”, afirmou.
Segundo João Paulo, em 1922, os tenentes eram os valentes que queriam mudanças e que Costa e Silva se envolveu no movimento. Disse que o ex-presidente arriscou a vida e a carreira dele no movimento e questionou se ele não tinha um coração jovem e idealista.
Afirmou que, em 1964, houve unanimidade no Brasil e que a igreja, redes de televisão, indústria, sindicatos, todos apoiavam “a revolução”. Falou que era contra qualquer tipo de ditadura. “A questão do busto, eu acho triste a gente estar debatendo, mas ao mesmo tempo é legal, pois estamos debatendo a nossa história”, destacou.
Surpreendentemente, no final da sua fala, João Paulo disse que não apoiava que o busto voltasse para o átrio da lagoa e sim seja colocado em um memorial na Casa Costa e Silva.

Entenda

O busto de Costa e Silva foi retirado das margens da Lagoa Armênia em 2014 pela Prefeitura, na época, comandada pelo ex-prefeito Maneco Hassen. A justificativa para a remoção foi a citação do ex-presidente no Relatório da Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes cometidos durante a ditadura militar. Após a retirada, o local onde o busto estava instalado foi rebatizado de Praça da Democracia, e a peça foi transferida para a Casa Costa e Silva, onde permanece até hoje.
Recentemente, o prefeito reeleito André Brito disse que pretende colocar de volta o busto às margens da Lagoa Armênia.

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