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Um ano depois da primeira grande cheia, Taquari ainda vive consequências da catástrofe

O mês de setembro traz uma triste lembrança para Taquari e região, a primeira grande enchente que atingiu fortemente o Vale, causando dezenas de mortes e destruição. O pico do rio, em Taquari, foi de 12,22 metros no dia 6 de setembro e pegou muitas pessoas de surpresa, inundando lugares que, há mais de 80 anos, não eram alagados por enchente.

Esta foi a primeira de uma sequência de três cheias históricas no Rio Taquari. Em Estrela, o rio chegou a 29,62 metros, o segundo maior registro até então, 30 centímetros a menos do que na histórica enchente de 1941.
Em 20 de novembro, uma nova cheia assolou o município e região. Enquanto os pontos de medição nas partes mais altas do Vale registravam uma cheia menor que a de setembro, chegando a marca máxima de 28,94 em Estrela, Taquari sofreu consequências ainda maiores. No município, o rio atingiu 12,95 metros, 73cm a mais do que em setembro, causando a inundação de mais de 300 residências e atingindo cerca de 900 pessoas.
Seis meses depois, foi registrada a terceira e maior cheia da história não só da região, mas de todo o Rio Grande do Sul. Em Taquari, o nível do rio chegou a 17,26 metros e, em Estrela, a 33,35 metros, o máximo já registrado na história das medições oficiais, feitas desde 1939. As consequências da catástrofe foram vividas em diferentes regiões do estado, em deslizamentos, queda de estradas, inundações e enchentes. Mais de 200 mortes registradas e prejuízos milionários.
Em nenhuma das três enchentes, Taquari registrou mortes, no entanto, corpos de vítimas da região acabaram sendo localizados no município. O prejuízo na zona rural foi em torno de R$ 100 milhões somadas as três cheias. Na zona urbana, mais de mil residências atingidas, mais de 200 casas destruídas ou danificadas, milhares de móveis e eletrodomésticos perdidos, entre muitos outros prejuízos.

Propriedade teve perdas nas três cheias

Produtor da localidade do Caramujo, Evandro Dorneles relata que a propriedade da família teve mais de R$ 300 mil em prejuízo nas três enchentes. Ele conta que, na primeira cheia, em setembro, levantaram todas as coisas em um galpão, existente há 46 anos na propriedade, construído sobre um morro de aterro de 1.500 metros², onde ficaram gado, cavalos e ovelhas, e deixaram o local no dia 4 de setembro, acreditando que a água não chegaria até a altura elevada. No outro dia de manhã, de lancha, retornaram à propriedade. “Enfrentamos uma correnteza jamais vista, com muito custo, chegamos ao galpão. Ali, nos deparamos com uma cena de terror, 38 ovelhas mortas na água, sobre o morro, no galpão. E o antigo galpão havia desabado, indo metade dele rio abaixo. Nosso gado sobreviveu, os cavalos e o gado ficaram com água na barriga”, recorda.
Em novembro, a situação foi ainda mais terrível. “Naquele fatídico dia 18, perdemos 42 vacas e novilhas, mais 18 terneiros. Não conseguimos sair, um dia antes a ponte (do Caramujo) foi tapada pelas águas”, lembra.
No ano seguinte, com a previsão de uma nova grande cheia, em 30 de abril toda a propriedade da família foi evacuada. Desta vez, foram perdidos casa, galpão. O contêiner/casa foi achado 20 dias depois, destruído parcialmente. “Talvez erramos em acreditar que não aconteceria o pior. Nesse mesmo pensamento, nas três enchentes morreram mais de 250 pessoas. Essas três enchentes mudaram nosso jeito de pensar e agir. Antes, acreditávamos que o morro (elevadas construídas nas propriedades) nos livraria da enchente. Hoje vimos que não podemos mais contar com esse recurso. Agora, é olho na previsão de enchentes e pé na estrada”, relata Evandro.
Atualmente, o galpão da propriedade está quase pronto, as estruturas nas elevadas foram refeitas, e os campos, que haviam sido tomados por sedimentos trazidos pela enchente, começam a voltar ao normal. A localidade de Caramujo foi uma das mais danificadas pela cheia de 2024, e Evandro reforça um clamor da comunidade, a construção de uma nova ponte, mais alta, para possibilitar maior tempo para a evacuação em épocas de enchente.

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