O Fato Taquari Jornal On-Line
A administração municipal forneceu, nesta semana, números do transporte oferecido pela secretaria de Saúde. O levantamento realizado, a pedido de O Fato, mostra que o serviço custa cerca de R$ 166 mil mensais à Prefeitura, o que pode chegar a quase R$ 2 milhões por ano. Em média, são cerca de 1,2 mil pacientes transportados mensalmente, mas, no último mês, maio de 2021, foram 1961 pessoas que utilizaram o transporte da pasta.
“O aumento no número de pessoas transportadas no mês se deu, em especial, por haver muita demanda reprimida em função de consultas eletivas terem sido suspensas ou canceladas devido à pandemia”, informou a secretaria de Saúde, que também identificou a procura de novos pacientes pelos serviços fornecidos pela pasta, de uma maneira geral. A maioria das pessoas utilizam o serviço para tratamento de câncer, em Porto Alegre e Lajeado, ou para hemodiálise, no Hospital Bruno Born, em Lajeado. Também são transportadas pessoas para exames, consultas e procedimentos médicos.
Na manhã da quarta-feira, o jornal conversou com uma paciente de 65 anos, que utiliza o serviço para tratamento de audição. Ela contou que precisa viajar a cada dois meses para consultas médicas e que o marido também usa o transporte da Saúde. “A gente acha bom”, contou. Segundo ela, a única reclamação que tem sobre o serviço é que, nesta semana, teve um problema em relação à falta de informação do horário em que sairia o micro-ônibus, mas conseguiu resolver a situação a tempo de realizar o embarque.
A Prefeitura informou que o transporte é feito por 16 motoristas da secretaria de Saúde, além de empresas privadas. A estimativa da Prefeitura de custo com funcionários, combustível e manutenção dos veículos é de R$ 93 mil mensais. A administração municipal também mantém contrato de R$ 41.109,60 por mês com a Empresa Fátima para transporte coletivo de pacientes, e outro com a União Ambulância, no valor de R$ 32.433,00 mensais, para transporte em ambulância e UTI móvel. De acordo com o setor, conforme histórico de saúde e orientação médica, é avaliado se o paciente deve ser levado em transporte coletivo ou automóveis, assim como se precisa utilizar o veículo sozinho ou pode ser acompanhado de outros pacientes.
A despesa total com o serviço, de cerca de R$ 166 mil por mês, é a que demanda o segundo maior investimento da secretaria municipal de Saúde. Perde apenas para o contrato de atendimentos de emergência no Hospital São José, para o qual a Prefeitura despendeu, no mês de maio, R$ 410.232,09. A terceira maior despesa da pasta em maio foi com as cirurgias realizadas no hospital de Taquari, R$ 115 mil; com exames laboratoriais, o custo foi de R$ 32.069,47.
