Calçados Bizarro faz, em média, 60 pares por dia

É na rua Carolina Farias Alvim, no Bairro Leo Alvim Faller, que diariamente cerca de 60 pares de sapatos são produzidos, na empresa Calçados Bizarro, de propriedade de Ivair de Vargas Bizarro, 52 anos.

O empreendimento iniciou há 30 anos, em uma sala de 16 metros quadrados, no mesmo endereço, com Ivair e o irmão, incentivados pelo pai, Pedro de Souza Bizarro, 75 anos. Os irmãos atuavam em fábricas de calçados de Taquari, no final dos anos de 1980, e com o conhecimento adquirido decidiram abrir a empresa, sob o comando de Pedro.
No início, há quase três décadas, a produção era feita à mão. “Não tinha nada destas máquinas que tem hoje. No começo era uma correria, cortava o couro à mão. Hoje temos máquina. A costura era com máquinas mais antigas. Enquanto se fazia um par naquela época, hoje são cinco. Isto que não temos todas a máquinas modernas”, conta Ivair.
Com o crescimento da empresa, o espaço de trabalho foi ampliado e ganhou uma área de 70 metros quadrados. Com a aposentadoria de Pedro, em 1998, a empresa passou a ser comandada por Ivair, que, com cinco empregados, fazem a produção de alpargatas de couro infantil e adulto, sandálias, pantufas de lã e chinelos, comercializados para Cachoeira do Sul, Montenegro, Venâncio Aires, Rio Pardo, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, além de Taquari, em supermercados e lojas de artigos gauchescos. “Vou a Novo Hamburgo, compro a matéria-prima, lã ou couro, e deixo o calçado pronto”, diz Ivair.
Inicialmente, a produção era concentrada no chinelo, que exige menos mão de obra. Depois o trabalho foi sendo incrementado e veio a pantufa. Há cinco anos, passou a fabricar alpargatas de couro. “A cada estação surgem peças novas”, acrescenta.
Para o futuro, Ivair acredita no crescimento da empresa de calçados, que deverá estar sob o comando do filho, Vítor, de 31 anos, e do neto, Davi Luís, que está com cinco anos. “To me aposentando também. O pai passou pra mim, consegui manter, ampliei um pouco e já estou deixando para o meu filho, que já cuida da loja. Hoje tá muito difícil e aqui tem o negócio encaminhado, tá tudo pronto. E tem o meu neto, Davi Luis, que poderá levar a empresa à quarta geração”, diz.