Conforme a secretária de Agricultura de Tabaí, Andressa Machado, a feira do produtor do município, hoje realizada nas proximidades do Posto de Saúde, será transferida, no próximo ano, para o pátio da sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF), desativada no município em maio de 2018. “Não fizemos nada ainda referente ao novo espaço. Apenas recebemos a informação da cedência do espaço e vamos prepará-lo para o ano que vem. Os produtores acham que o local será melhor do que o atual, porque pega movimento da BR386 e RS 287”, afirma Andressa.
O espaço foi cedido através de uma articulação do presidente do Legislativo, Pedro Araújo. “O fato concreto é que o local não mais será utilizado pela Polícia Rodoviária Federal, razão pela qual solicitamos a área em dois pedidos. A estrutura do Posto para uso da Administração Municipal e a área atrás do Posto (2 hectares), onde já existe um salão de eventos, para doação em definitivo para a Associação dos Funcionários Públicos de Tabaí, onde seriam construídos campos de futebol, piscinas, entre outros.”
De acordo com Pedro, em um primeiro momento, foi dada autorização para a realização da feira do produtor às sextas-feiras na área externa do posto.
O Fato entrou em contato com a superintendência da PRF para falar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não teve retorno.
O que pensam os produtores
O produtor rural Lisbao Alves da Silva, que participa da feira, acredita que o novo espaço é o melhor local para os produtores exporem. “Porque pega a BR 386 e RSC 287, onde o fluxo de veículos é muito grande.”
A produtora Deise da Silva Moura acha que tem vantagens e desvantagens. “A parte boa é que vamos conseguir alcançar mais público. Vai ter que trabalhar a divulgação, trabalhar em cima do produto colonial. Tabaí tem muito produtor de coisa boa, que é o que eu falo sempre. Não temos só o moranguinho que eu planto, ou só a verdura do senhor Lisbao. Tem a pitaia, tem a orquídea, tem o artesanato, que, se forem bem trabalhados, eu acredito que darão um bom movimento, pois vamos pegar compradores de várias cidades. Mas tem a acessibilidade para quem mora mais longe. Ali onde estamos hoje, estamos no fluxo da prefeitura, do posto de saúde. Para essas pessoas, não sei se seria viável ir até a PRF, mas só experimentando para ter certeza.” Outra questão apontada por Deise é a compra do comércio de fora. “As pessoas estão acostumadas a comprar em caminhão e de viajantes que vêm de fora que entregam aqui na cidade. Acho que se trabalharmos melhor e mostrarmos para as pessoas do município, eles vão comprar mais de nós do que esses produtos que vêm de fora.”