Ao longo do ano de 2011, foram entregues as primeiras casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na São Francisco. Com investimento de R$ 750 mil do Governo Federal, R$ 150 mil do Estadual e R$ 50 mil da Prefeitura, foram construídas 45 casas na comunidade e as outras três, nos bairros Rincão São José, Coqueiros e Leo Alvim Faller.
Uma década após a construção, O Fato foi conferir como as casas estão. Pouquíssimas unidades não apresentam boas condições. Mais de 90% das casas estão com a estrutura preservada e muitas receberam investimentos.
É o caso da família de Éderson Castro, 38 anos. A antiga residência de madeira, onde morava com a esposa e quatro filhos, foi substituída graças ao programa Minha Casa Minha Vida. Dez anos depois, ele já investiu cerca de R$ 20 mil no lar. “A casa foi muito bem-vinda. Assim, nós só fomos investindo para melhorar uma coisa ou outra. Mudamos as aberturas, fizemos um aumento na cozinha, uma área com garagem na frente e outro banheiro, além da pintura”, relatou.
Outra moradora da São Francisco, Sirlei Daniela Silva da Gama, 38 anos, estima um investimento de R$ 6 mil na casa onde mora com quatro filhos, entre 4 e 15 anos de idade. “Fui mudando aos poucos. Troquei aberturas que deram problema, botei assoalho de madeira, porque eu ganhei a minha casa só com contrapiso, e já pintei mais de uma vez. Valeu muito a pena, quando que eu ia conseguir fazer uma casa assim”, contou.
A jovem Anna Luíza Silva de Assis, 28 anos, nem tinha atingido a maioridade quando os beneficiários das casas foram selecionados. Mas depois que sua mãe foi trabalhar em outro município, há dois anos, ela passou a residir com o irmão, o esposo e dois filhos na residência do Minha Casa Minha Vida. Ao longo dos anos, a família também investiu no local. “Colocamos grade, piso, fizemos um aumento nos fundos e já pintamos duas vezes. Fomos sempre investindo para deixar bonito, é importante”, disse.
Para o prefeito André Brito, o programa foi de extrema importância para o município. “O apoio de políticas habitacionais garante a democratização de moradias, em especial a famílias em vulnerabilidade social, oportunizando uma vida digna com uma infraestrutura básica”, considerou.
Secretaria de Habitação diz que 34 casas permanecem com o titular
A secretaria municipal de Habitação acompanha a situação das residências entregues através do programa Minha Casa Minha Vida. Segundo informado nesta semana, das 48 moradias construídas em 2011, 34 permanecem com o titular. “Nas demais, em alguns casos houve óbitos, ficando familiares na residência. Em outros casos, houve omissão de informação e a Prefeitura ficava sabendo da situação através de denúncias. O setor de Habitação faz visitas regulares para levantamento cadastral e socioeconômico das famílias”, informou a pasta, através da assessoria de imprensa da Prefeitura.
De acordo com a secretaria, em apenas três casas houve deterioração.