A coordenadoria municipal de Cultura e a secretaria de Planejamento estão projetando a reforma da Casa Costa e Silva, único museu cultural de Taquari, fechado desde 2017 em decorrência de problemas na estrutura do prédio.
Segundo a Prefeitura, a obra deve ser custeada com recursos municipais, mas o orçamento ainda está sendo finalizado. São projetados conserto do telhado e substituição de calhas, revitalização externa e interna do prédio.
O museu fica em uma centenária casa tipicamente portuguesa, situada no Centro de Taquari, com móveis que pertenceram à família do ex-presidente Arthur da Costa e Silva Costa, livros e objetos que retratam a história taquariense. No local, também está a sala açoriana, com importante acervo cultural. A coordenadora de Cultura, Sabrina Freitas, relata que a intenção é de executar um projeto inovador no prédio. “Serão contadas, de forma lúdica e criativa, as memórias de Taquari. Os visitantes, os alunos, todos que adentrarem o Museu Casa Costa e Silva vivenciarão, de forma cronológica, as memórias de fatos e personagens que escreveram o desenvolvimento de nosso município até os dias atuais”, contou.
O museu pertence ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e está sob tutela do governo municipal. Segundo a Prefeitura, só pode haver continuidade do projeto após aprovação do Iphan. A administração informou que enviou a documentação no dia 8 de janeiro deste ano, mas ainda não obteve retorno sobre a análise. “Infelizmente, a reforma do prédio histórico esbarra na burocracia. Nós estamos fazendo o nosso papel, com o projeto, busca de orçamentos para, de fato, efetivarmos essa reforma”, disse o prefeito André Brito.
Iphan diz que precisa renovar termo de cessão do imóvel para continuidade ao projeto
O jornal entrou em contato com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), solicitando informações sobre a análise da reforma. O instituto informou que, para dar continuidade ao projeto, é preciso firmar novo termo de cessão do imóvel, pois o existente expirou em 26 de julho de 2020. “Para isso, a Superintendência do Iphan no Rio Grande do Sul enviou um ofício na data de hoje (18/03), lembrando a Prefeitura de que se faz necessária a assinatura de um novo Termo de Uso de Cessão. Esclarecemos ainda que, considerando o interesse da municipalidade na continuidade da cessão do imóvel, manifestado por meio de Ofício enviado em 09/02/2021, o Iphan aguarda da Prefeitura o envio de dados para a elaboração da minuta do referido Termo. Em seguida, a documentação será encaminhada para aprovação da Procuradoria Federal junto ao Iphan”, informou.
Segundo o instituto, após essas etapas, será dada continuidade à análise do projeto para que, tão logo os trâmites da formalização do Termo de Cessão estejam concluídos, a obra de restauro seja viabilizada.