No ano passado, foi criada uma cooperativa de reciclagem no município e construído um prédio, na localidade de Pinheiros, para o trabalho do grupo. A ideia era de que o local servisse para transbordo de resíduos sólidos e a antiga área, conhecida como Lixão, fosse desativada e limpa aos poucos.
A cooperativa durou pouco mais de dois meses e nunca atuou no novo prédio, que ficou sem utilização e foi danificado com o tempo. Construída em terreno municipal, a estrutura foi retirada do local. Vizinhos contaram ao Mistura Fina que um morador do município, que costuma prestar serviços à Prefeitura, participou da retirada do material. Em conversa por telefone, ele disse que não poderia passar nenhuma informação sobre o assunto ao jornal, sem que antes conversasse com outras pessoas, cujos nomes preferiu não revelar. O prestador de serviços falou que estava viajando, não conseguiria conversar com tais pessoas nesta semana e que não autorizava o jornal a publicar nada sobre ele.
Ainda buscando saber o que aconteceu com as estruturas, o Mistura Fina conversou com o Prefeito Maneco. Ele disse que a Administração Municipal não custeou e nada tem a ver com a construção, que teria sido feita através da Paróquia e Pastoral Social. Segundo ele, no terreno, que pertence à Prefeitura, será instalada uma empresa, porém Maneco não quis falar mais sobre o empreendimento.
Na Paróquia e Pastoral Social, o prédio e a cooperativa de reciclagem eram causas defendidas pelo Frei Patrício Ceretta, que deixou o município em janeiro deste ano. Conforme informações do Mistura Fina, ele intermediou um diálogo entre os catadores, que formariam a Coopera Taquari, e o Instituto Vonpar, que repassou verba para a construção do prédio e organização da cooperativa. A estrutura, pertencente a Coopera Taquari, teria sido construída pelo mesmo prestador de serviços da Prefeitura que as retirou do local recentemente. Porém, ele já havia recebido, no ano passado, o pagamento do valor orçado pelo trabalho.
O mistério do galpão de reciclagem ainda não foi desvendado. Enquanto isso, animais, móveis e lixo de cemitério são depositados naquele terreno. A Prefeitura alega que não é ela quem larga os resíduos lá. O Mistura Fina segue investigando.
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