Leonel Avelino de Souza, 102 anos, morava em Paverama desde 1915. O centenário de Cabriúva faleceu na quinta-feira, 19 de novembro, no hospital Ouro Branco, seis dias após completar mais um aniversário.
Seu Lelé, como era conhecido, foi velado e sepultado no cemitério do Faxinal dos Pacheco, em Tabaí. Em novembro de 2013, na época de seu centenário, ele foi pauta de matéria de O Fato Novo. Muito lúcido, contou sua história e lembrou como era o município e sua localidade. “Cabriúva não tinha nada, nem estrada não tinha. Era só uns trilhos. E eu conheci Paverama só com quatro casas. O Roberto Jantsch era o ferreiro, tinha o carpinteiro, a sapataria e o taxista”, recordou.
No município, ele trabalhou em diversas funções, entre elas como motorista de ônibus, caminhão e táxi, marceneiro, funcionário da Prefeitura e agricultor. Durante a entrevista ao jornal, ele contou que, com um caminhãozinho que comprou, socorreu muitas pessoas doentes, levando-as ao hospital mais próximo. Além de ter orientado as pessoas de mais idade sobre como procederem para conseguir a aposentadoria. “Até hoje tudo o que eu fiz foi bem ao povo. Eu não matei, não roubei, não briguei”, contou em 2013.
Lelé estava no seu quarto casamento, com Eva Machado de Souza, 69 anos. Ele deixa a companheira, oito filhos, Adão, Cenilda, Eli, Ilso, Celíria, Gerson, Neli e Nedi; 26 netos, 40 bisnetos e cinco tataranetos.