A amigas Maria Isabel Saraiva Nenê e Antônia Rita Hassen de Jesus (a Tunica) nunca imaginaram que o empreendimento iniciado por elas, no final da década de 1970, iria tão longe. Após uma conversa em casa, resolveram abrir uma loja de bijuterias e artigos para presentes.
No primeiro momento, em 1977, utilizaram um espaço em uma residência na rua Othelo Rosa, visando como público principal as adolescentes que estudavam no Instituto Pereira Coruja. Cerca de dois anos depois, Antônia Rita vendeu sua parte na sociedade para a amiga, que levou a loja para a rua 7 de Setembro.
Passados alguns anos, a loja trocou os donos e, em 1985, foi adquirida por Celira da Silva Cezimbra, 60 anos, responsável por manter o comércio em funcionamento atualmente. Ela conta que tinha trabalhado no setor administrativo na iniciativa privada. Ao deixar estes empregos, investiu em um negócio próprio e comprou a loja. “O nome Sofit já existia e foi mantido. Sofit seria de sofisticação, era essa a ideia, Boutique Sofit”, conta Celira. Naquela época, a loja ocupava uma pequena peça alugada de Rui Machado. Permaneceu por muito tempo e depois passou para salas alugadas (quase ao lado) de Ernesto Bastos. Depois de novas trocas, atualmente está no número 2217.
Há cerca de 10 anos, o emprendimento ganhou uma filial e está com duas lojas em funcionamento na principal rua comercial de Taquari. Celira conta que na época de Natal chegam a ter cinco pessoas trabalhando. Olhando a trajetória da empresa neste período em que está à frente, diz que foi boa, mesmo com as crises. “Teve uma época muito boa, quando as fábricas de calçados estavam em alta. As gurias (clientes) trabalhavam na fábrica de calçados, todas estavam empregadas. Elas moravam com os pais e o salário era para elas. As que gostavam de se arrumar, vinham aqui. Foi uma época muito boa. Alavancou a loja. Depois passamos por crises, como no Plano Color e quando começaram as lojas de R$ 1,99. Agora estamos bem, estamos com matriz e filial”, destaca.