O Fato Taquari Jornal On-Line
De janeiro a junho de 2024, três homicídios foram cometidos em Taquari, conforme números da secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS). Esse número é o mesmo registrado nos primeiros seis meses de 2023. Desses três assassinatos, a Polícia Civil descobriu a autoria de dois deles, sendo que um suspeito, um menor, de 16 anos, foi apreendido.
Com três homicídios, 2023 e 2024 são os anos em que mais foram registradas mortes com violência em Taquari nos primeiros seis meses do ano desde 2002, quando a SSP-RS iniciou a divulgação desses dados. Aliás, Taquari teve um aumento significativo no número de assassinatos nos últimos três anos. Isso porque, depois de quatro anos seguidos de quedas nos homicídios, de 2017 em diante, Taquari teve um aumento em 2022, com sete no ano todo, cinco a mais do que no mesmo período do ano anterior, quando foram registrados duas mortes. Esses números fizeram o ano de 2022 ser o mais violento das últimas duas décadas em Taquari em número de assassinatos. Em 2023, nos 12 meses do ano, foram registrados seis homicídios, um a menos do que em 2022, mas o segundo em número de registros na série histórica.
Taquari não registra homicídios desde fevereiro
Mesmo que o número de três registros nos primeiros seis meses do ano seja alto em relação aos últimos anos, Taquari não registra um assassinato há quatro meses. O homicídio mais recente registrado na cidade foi o de Carlos Alberto de Almeida, 39 anos, morto a tiros, na rua João Pessoa, bairro Praia, na madrugada do dia 26 de vevereiro.
Antes do assassinato de Almeida, duas mortes foram registradas no mesmo dia, em 27 de janeiro, a do adolescente Thomaz Eduardo Abreu da Silva, de 15 anos, que foi encontrado por populares, numa área de pastagem, na estrada de Aterrados, próximo ao entroncamento com a BR 386, na localidade de Aterrados, e a de Rogério da Silva Politta, 52 anos, assassinado a tiros na TK 9, no bairro Pinheiros.
Em relação à morte do adolescente, encontrado já sem vida, com marca de disparo de arma de fogo na região da virilha, o suspeito da autoria foi identificado pela Polícia Civil de Taquari já na segunda-feira pós-crime, no dia 29 de janeiro. O suspeito tem 46 anos, é natural de Taquari, e encontra-se foragido da Justiça desde a decretação de sua prisão preventiva, também no dia 29 de janeiro. A delegada Betina Martins Caumo disse, na época da decretação de sua prisão, que a arma do crime foi apreendida durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, na residência do suspeito. Sobre a motivação, a delegada disse, na época, que seria “uma desavença banal, discussão banal entre vítima e autor momentos antes do crime.”
Rogério da Silva Politta foi assassinado com vários disparos de arma de fogo. Diversas cápsulas de pistola .380 foram encontradas próximas ao corpo da vítima, que apresentava, ainda, cortes no rosto, possivelmente desferidos com um facão. Testemunhas teriam dito que um carro de cor cinza chegou ao local e alguém teria chamado a vítima pelo nome. Houve, então, uma breve discussão, precedendo os disparos que causaram a morte da vítima.
Em relação à motre de Politta, a Polícia Civil de Taquari apreendeu, no dia 14 de março deste ano, na Vila São Francisco, um menor, de 16 anos, suspeito de ser o executor do crime.
Nesta semana, a reportagem de O Fato entrou em contato com a delegada Betina Martins Caumo para obter informações a respeito das mortes de Carlos Alberto de Almeida e de Halyson Oliveira Pereira, ocorrida em novembro de 2023, cujos inquéritos ainda estavam abertos e nenhum suspeito havia sido preso. Contudo, delegada disse que não poderia se pronunciar a respeito por conta de uma recomendação da Associação dos Delegados de Polícia do RS (ASDEP-RS), que decidiu, novamente, suspender a divulgação de informações e operações à imprensa. A medida foi retomada, nesta semana, após a classe não ter aceito a proposta de reposição salarial do Governo do Estado.
