A necessidade do isolamento social tem trazido consequências , como estresse, ansiedade e depressão. Uma das formas de distrair a mente e distanciar –se desses problemas pode ser o artesanato.
A professora aposentada Maria Isabel Guimarães Reis, 66 anos, conta que sempre gostou de trabalhos manuais no geral, chegou a lecionar artes e, durante a pandemia, arrumou uma nova distração. “Quando entramos na quarentena, eu precisava achar alguma coisa para ocupar meu tempo,
comecei a pesquisar na internet e achei o feltro ; me apaixonei pelo trabalho(?) e comecei a comprar os projetos para fazer. São trabalhos bonitos, feitos com muito carinho”, conta. A terapia também traz uma renda extra com encomendas de objetos decorativos, chaveiros, almofadas, entre outros.
A psicóloga Cybele Freitas Coutinho também vê benefícios na saúde mental,l com o tricô, que costuma praticar nas horárias vagas. “É uma das maneiras de aliviar o estresse e ansiedade. Auxilia também na motricidade, para a concentração e atenção , além de ser um ótimo passatempo. Recentemente, peguei algumas toucas que fiz e doei à comunidade Pella Bethânia. Creio que ajudar o próximo com pequenos gestos de afeto contribui para o nosso bem-estar e felicidade, pois a solidariedade é uma troca necessária”, relata. Há 15 anos fazendo tricô, Cybele já confeccionou tantas peças que não dá conta de usar. Além de doações, ela costuma vender o excedente.
A taquariense Márcia Lopes, 36 anos, também encontrou no artesanato um conforto mental. Há seis anos, ela se dedica à confecção de produtos em crochê, tricô, como agasalhos para bebês e adultos e , em EVA , produtos de banheiro e cozinha. “Com a perda de meu irmão, o artesanato se intensificou na minha vida, é como uma terapia. Desde junho, estou em tratamento ocular e tive alguns dias parada, mas fui voltando aos poucos a fazer, pois não consigo ficar sem meus artesanatos”, fala Márcia, que também realiza trabalhos sob encomenda.
