A delegada Betina Martins Caumo informou sobre ocorrências envolvendo crimes de estelionato a partir de produtos anunciados à venda Facebook e OLX por moradores de Taquari. “As pessoas acabaram entregando os bens, mediante fictícios comprovantes de transferência bancárias por parte dos supostos compradores”.
Entre as ocorrências registradas está a do dia 22 de novembro, em que um morador de Taquari registrou um fato ocorrido em 19 de novembro. Conforme a vítima, ela anunciou a venda de uma máquina de sorvete expresso do Facebook, sendo que, no mesmo dia, uma mulher entrou em contato pelo Whatsapp, querendo comprar a máquina. As tratativas da venda da máquina foram feitas todas pelo Whatsapp. No dia 19 de novembro, a mulher mandou um comprovante de transferência da Caixa Econômica Federal, com o valor da máquina e contratou um freteiro da cidade de Taquari para levá-la até Santa Cruz do sul. O freteiro buscou a máquina de sorvete na casa da vítima e a entregou no endereço indicado pela mulher na cidade de Santa Cruz. A vítima desconfiou que poderia ser algum tipo de golpe e avisou o freteiro que somente entregasse a máquina após a confirmação da transferência diretamente com o banco, porém, quando fez contato com a Caixa Econômica para confirmar, ele já havia entregue a máquina.
De acordo com a delegada, a investigação desse tipo de crime depende da quebra de sigilos telefônico e bancário. “Ocorre que, na maioria das vezes, acaba identificando somente laranjas, que emprestaram o nome para abrir a conta ou habilitar a linha. Os nomes fornecidos pelos supostos compradores costumam ser falsos e mesmo os endereços de entrega não possuem ligação com os criminosos”.
Para a delegada, as pessoas que fazem negócio via rede social e aplicativos precisam redobrar os cuidados. “Especialmente quando o “comprador” demonstra muita pressa no fechamento do negócio e quando esse fechamento ocorre após horário de funcionamento bancário, em feriados e finais de semana. Golpistas precisam garantir que a vítima entregue o bem o mais rápido possível, para evitar que ela se dê conta do estelionato. Quando as vítimas confirmam que o depósito não foi feito, o bem já foi entregue”.
