Não é de hoje que cavalos soltos em via pública é uma realidade em Taquari. Em 16 de agosto de 2014, Vaimer Minto Charão, de 31 anos, morreu após colidir em um cavalo solto na avenida Farrapos. Recentemente, um motorista teve o carro danificado na área de camping, quando um cavalo jogou-se sobre o veículo. A informação de cavalos soltos na vias públicas é constante em grupos de whatsapp da cidade.
Nesta semana, um morador do bairro Praia, que pediu para sua identidade ser preservada, contou que estava levando o filha para o colégio na quarta-feira, quando teve que frear o carro para não atropelar um cavalo solto na avenida Getúlio Vargas. “No bairro Praia, os cavalos tomam conta de madrugada e na área de camping, no Capão, ficam todo o tempo soltos”.
A equipe de reportagem do jornal O Fato esteve na área de camping e encontrou quase uma dezena de cavalos soltos no local.
Responsabilidade
O Fato entrou em contato com diversas entidades para apurar a responsabilidade de evitar o problema. A Brigada Militar informou que não é de sua atribuição recolher o cavalo ou cuidar de locais onde tem animais soltos. Conforme o capitão Rogério Armando Bueno Hoffmann Filho, a Brigada Militar pode agir de alguma forma se forem apontados o local onde o cavalo está solto e a identidade do dono. “Pode ser considerada uma contravenção de abandono de animal, mas a Brigada Militar não recolhe cavalos”.
Conforme o Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura, não existe uma fiscalização específica para esses animais. “Não há lei que preveja isso. Não cabe ao município, portanto, recolhê-los, mesmo porque não dispõe de local adequado para tal. Em casos como esses, quem acaba auxiliando são os Bombeiros e Protetores”, consta na nota da Prefeitura.
O Fato entrou em contato com os Bombeiros, mas seu comando estava em reunião ontem, quinta-feira, e não pôde receber o questionamento. Assim como entrou em contato com a presidente da Ong Protetores e diretora do Departamento de Trânsito da Prefeitura, Cleonice Almeida, mas não obteve sucesso.
O presidente da Ong Salvadores, Tiago Rodrigues, salientou que só recolhe animais em casos de maus tratos ou doentes. “Animais sadios e em boas condições, pedimos para as pessoas entrarem em contato com a Prefeitura”. Segundo Rodrigues, ele recebeu esta orientação da Prefeitura.