A Pesquisa Brasil em Síntese, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na semana passada, traz dados referentes ao mercado formal de trabalho com base no ano de 2016. Conforme aponta o levantamento, naquele ano, 5.701 moradores de Taquari estavam trabalhando formalmente, representando 21% da população do município, conforme estimativa populaconal de 27.207 habitantes.
O vencimento médio dos trabalhadores de Taquari em 2016 era de 2,2 salários mínimos. O levantamento também traz o número de empresas ativas no município naquele ano, que era de 1.024.
O percentual de pessoas ocupadas leva em consideração o número de empregos formais (com carteira assinada) existentes no município e a sua população total. No dado, não são contabilizados os moradores de Taquari que trabalham em outras cidades. É importante registrar tambem que se trata de uma amostragem de emprego formal, com carteira assinada. O número de trabalhadores de fato é maior, pois deve-se considerar os agricultores e os autônomos, por exemplo, que trabalham sem carteira assinada.
Para a Prefeitura, os números do emprego terão resultados melhores nos próximos anos. “Um dos maiores investimentos da atual Administração Municipal é a vinda da empresa Zanc, que gerará cerca de 600 empregos diretos, o que será um marco para história de Taquari”, disse o prefeito Maneco.
Percentual de população ocupada é um dos mais baixos do Vale
Num comparativo entre 37 municípios do Vale, Taquari está na 23º colocação no percentual de população ocupada. Os demais municípios de circulação de O Fato Novo, Paverama, Fazenda Vilanova e Tabaí, também têm percentuais baixos de população ocupada e estão nas 28º, 29º e 30º posições, respectivamente, em relação ao resto da região. Em Paverama, 1.653 pessoas eram consideradas ocupadas em 2016, representando 19,5% do total. Em Fazenda Vilanova, 728 moradores estavam empregadas formalmente, sendo 17,6% da população. E em Tabaí, 776 trabalhavam, o que representa 17,3% dos habitantes do município.
Os municípios com maior percentual são Poço das Antas, Lajeado, Westfália e Muçum, que tinham mais de 50% da população ocupada em 2016. Já os piores resultados são de Coqueiro Baixo, Progresso, Canudos do Vale e Relvado, que tinham menos de 15% da população trabalhando formalmente em 2016. Veja mais detalhes na tabela ao lado.
Salário médio dos trabalhadores de Triunfo é o mais alto do estado
O vencimento médio dos trabalhadores de Triunfo, município que faz divisa com Taquari e Tabaí, é de 5,5 salários mínimos, a média mais alta entre todos os 497 municípios do estado do Rio Grande do Sul. O município tinha 10.452 pessoas empregadas formalmente em 2016, sendo 37,2% da população total. Em 2016, 888 empresas estavam ativas.
No Vale do Taquari, a média salarial é bem mais baixa do que em Triunfo. O vencimento médio mais alto é de Coqueiro Baixo, com 2,8 salários mínimos. No entanto, o município é o que possui o menor percentual de população ocupada, com 10,3%.
Em Taquari, a média salarial é de 2,2 salários mínimos. Em Paverama, é de 1,9; em Fazenda Vilanova, 2; e, em Tabaí, 1,7 salários mínimos.
O que é população ocupada
De acordo com o IBGE, a população ocupada que aparece no Brasil em Síntese é um dado do Cadastro Central de Empresas do IBGE, ou seja, refere-se, exclusivamente ao mercado formal, àqueles empreendimentos que têm um CNPJ. “O cálculo é a população ocupada dividida pela população total, multiplicado por cem, ou seja é a proporção de ocupados (mercado formal) em relação à população total do município”, explica o IBGE, através de sua assessoria de imprensa.
Para a formulação do cálculo, é tomado o número de empregos que existe no município, conforme o Cadastro Central de Empresas, e comparado com a população existente. Mas, na realidade, não significa necessariamente que o número de pessoas empregadas seja de moradores do município onde estão instaladas as empresas. Em Triunfo, por exemplo, há o Polo Petroquímico, que emprega centenas de pessoas de diversos municípios. Lajeado é outra cidade beneficiada por este critério, pois tem um número grande de empregos ocupados por pessoas de cidades vizinhas.