Localizada na Rodovia Aleixo Rocha da Silva, número 280, a PAC Bikes, de Aloísio Azevedo da Rosa, 49 anos, empresa de venda e conserto de bicicletas e equipamentos de academia, tem em sua trajetória quase quatro décadas de história.
O nome PAC Bikes representa a sigla de Ponto Amigo do Ciclista (PAC), que foi a empresa criada pelo pai de Aloísio, José Martins da Rosa, o Zé das Bicicletas, em 1982. “Quando meu pai criou era Ponto Amigo do Ciclista porque, além de consertar as bicicletas, cultivávamos o vínculo próximo e a amizade. Modernizei mas mantive o nome. É a mesma empresa, modernizada”, conta Aloísio.
José adquiriu a oficina de Valdair Ulrich e aprendeu o ofício, que contribuiu para a renda da família junto da atividade de professora exercida pela esposa de José. A oficina e loja chegou a ter três funcionários e enfrentou as oscilações do mercado como o período em que foi difícil competir com as grandes lojas. “Teve uma época em que estava muito concorrido. Havia muitas lojas vendendo e estava muito difícil de competir”, lembra. Também, aproveitou o período em que era mais vantajoso levar para o conserto.
Aloísio, que cresceu em meio à atividade e ajudava o pai desde os 11 anos, assumiu a empresa em 1997 e trabalhou com a manutenção da motocicleta Sundow, uma forma de driblar a época em que não valia pena levar a bike para o conserto. Atualmente, esse comportamento das pessoas voltou porque muitas têm uma bicicleta de maior valor agregado e é mais vantajoso consertar.
Ele acompanhou as mudanças e hoje comemora o retorno da valorização das bikes. “Andar de bicicleta virou uma alternativa de saúde e sustentabilidade. Eu também, voltei a praticar depois de um tempo. Na adolescência andava muito de bike e de alguns anos pra cá o interesse pelo esporte voltou”. Como forma de fomentar o esporte, a empresa apoia o grupo Taquari no Pedal, desenvolvendo algumas atividades na cidade, como passeio ciclístico, e há a ideia de criar um passeio de nível estadual. Também, quer buscar junto ao poder público ações de adequação e melhoria da infraestrutura.
A PAC Bikes, hoje, além de uma oficina de bicicletas é uma ‘bike shopping’. “Vamos ter tudo para bike e para o ciclista. Estou procurando mercados próximos que tem demanda e não tem quem atenda Temos todo o ferramental adequado, procurando sempre as novidades para o conforto do ciclista e a nossa meta é a melhor experiência para pedalar, com conforto e com bikes adequadas a idade, tamanho e postura”, conta. A empresa tem um funcionário, que atua na oficina.
Para dar uma dimensão do aumento na procura pelo esporte, o valor de bicicleta disponível na loja pode variar de R$ 600 a R$ 8 mil. “É toda feita de carbono, um material usado na indústria aeronáutica e automobilística, leve, mas caro. Só o quadro custa R$ 2,5 mil”, disse, justificando o valor do modelo mais caro. Os modelos de bicicletas podem variar conforme o peso, conforto e sistema de suspensão. A quantidade de marcha também não é mais o essencial. “O que vale é a capacidade de escalada (range) e a velocidade alcançada”, cita.
