A Câmara de Vereadores de Fazenda Vilanova recebeu, na tarde da segunda feira, a consultora de negócios da RGE Sul, Katiele Walendorff dos Santos. Empresários locais e vereadores participaram da reunião que apontou as reclamações da comunidade quanto ao serviço prestado pela companhia e à falta de um canal próximo para comunicação.
O presidente do legislativo, Marcos Roberto de Souza (Progressista) salientou a necessidade de um canal de comunicação mais próximo com a comunidade e disse que este era um dos motivos da reunião. O vereador Ildo Diedrich (Progressista) disse que o maior problema no município é a falta de aviso aos empresários sobre os rompimentos na energia elétrica e a previsão exata de retorno. “Temos empresários aqui com 60 e 70 funcionários, que os dispensam, porque ligam para a RGE e uma gravação diz que o retorno será à noite. E quando eles veem a luz retorna”.
Um empresário relatou que está operando no município desde fevereiro e nestes quatro meses dispensou os 60 funcionários três vezes, sendo em algumas delas o dia inteiro com base na informação passada pela companhia. No entanto, a previsão não se confirmou e a luz foi restabelecida antes. “A informação tem que estar correta”, destacou. “Também não aceito chegar às 7horas para trabalhar e, logo em seguida, o pessoal da RGE desligar a luz para manutenção. Estou entrando na justiça para alguém arcar com o prejuízo que estou tendo”, afirmou.
Outro vereador, Edevaldo Borges (PTB), salientou que os produtores de leite sofrem prejuízos porque há horário para tirar o leite e nem todos estão preparados com gerador. “Não falando de leite que foi colocado fora porque pegou acidez. Liga-se pra lá e pode pedir indenização, mas leva-se muito tempo”, disse. Ele sugeriu que seja instalado um ponto de contato com o consumidor na região. “Lá de onde estão respondendo, a gente tá dizendo a cidade, e eles nem sabem o estado que é. Precisa ter uma coisa mais ágil e regionalizada que tenha conhecimento do mapa da região”, afirmou.
Empresa ressarce danos por oscilações e desligamentos programados
A representante da RGE Sul disse que a empresa possui um setor de indenização por prejuízos. “Há uma área exclusiva para solicitar, em até 90 dias, o ressarcimento por danos causados durante desligamentos programados e oscilações. Se o equipamento tiver conserto, é pago. Se não tiver, é feita uma avaliação de mercado e devolvido o valor para adquirir um produto novo”.
No caso de mantimentos, também pode ser solicitado o ressarcimento, mas é necessário um laudo e fotos do ocorrido para ter a comprovação.
Ela falou ainda que em casos de temporais, todas as equipes são deslocadas para atender os problemas causados pelas intempéries.
A RGE Sul integra o grupo Cia Paulista Força e Luz (CPFL), de São Paulo, e o call center, ou seja, a central das ligações telefônicas, fica em São Paulo. Em situações de temporal há congestionamento de ligações. Katiele disse que a companhia disponibiliza outros canais para contato do cliente. “Não temos só o call center, tem o aplicativo, o site e SMS. São outras formas de contato com a companhia fora o 0800”, citou.
Os avisos de desligamento, segundo ela, são feitos na Rádio Independente, de Lajeado. “Temos que avisar, pela legislação, de uma forma que atenda a grande massa e é esta maneira que a gente faz no geral”, explicou. A partir deste mês, conforme a consultora, a previsão passa a ser informada às Câmaras de Vereadores e às Prefeituras. “Outra situação é através do aplicativo da CPFL, onde pode ser cadastrado o número do celular para receber informações de falta de energia e desligamento programado, via SMS”, informou. Já as pessoas que estão cadastradas e não têm recebido os avisos, devem verificar os dados informados ou fazer uma atualização.
Quanto à previsão do restabelecimento, ela afirmou que não há como definir prazo nos casos de temporal.