Entre o sábado, 25 de agosto, e a última terça-feira, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Assunção participou da 41ª Expointer, que ocorre no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Durante o evento, foi apresentado o projeto Agroindústria Escolar, que está sendo desenvolvido no educandário.
A escola esteve representada por um grupo de alunos acompanhados da professora Luísa Hauschild. Foram levados folders e fotos do projeto, além de produtos para degustação. Para a aluna, foi muito bom poder participar da Expointer. “Foi uma experiência nova, eu nunca tinha ido. Tinham bastantes coisas que eu nunca havia visto na minha vida. A gente apresentou os projetos e tinha várias pessoas que já sabiam sobre o assunto e me ensinaram, e outras que não sabiam e a gente mostrou. Então um pouco a gente aprendeu e um pouco a gente ensinou”, contou a estudante do 9º ano, Luísa Gabriela Araújo da Costa, 13 anos.
Segundo a diretora, Rosa Maria Kern, a Nossa Senhora da Assunção foi a única escola da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) a participar da Expointer. “Consideramos a socialização entre os alunos e as aprendizagens adquiridas num evento desta relevância no estado uma marca singular em cada participante. Os alunos divulgaram os projetos desenvolvidos na escola com propriedade e competência”, ressaltou a diretora.
No projeto Agroindústria Escolar, os alunos da Nossa senhora da Assunção beneficiam produtos da própria horta da escola. Estão sendo feitas conservas, pães, biscoitos e geleias. Os produtos são consumidos na merenda da escola e levados para casa pelos alunos.
A sala dedicada ao empreendimento está sendo montada aos poucos, tendo em vista o custo necessário para deixar tudo pronto. Já existe fogão, forno, pia, mas ainda faltam alguns equipamentos, como uma mesa de inox, por exemplo. “Vamos precisar investir, mas vamos por partes. A Emater está dando oficinas de processamento para os alunos, com regras básicas de higiene e de como fazer. Isso é o que se precisa assimiliar primeiro para que seja quase automático. A gente vai fazendo coisas simples, utilizando o que temos no momento”, conta a professora Luísa Hauschild. A ideia é aprimorar ainda mais a produção e chegar ao patamar de uma verdadeira agroindústria. De acordo com as professoras, o objetivo é mostrar para os alunos que a terra pode ser uma boa fonte de renda, que é possível vender produtos da horta e também beneficiá-los para agregar ainda mais valor aos alimentos.
A horta escolar
Desde janeiro deste ano, a escola, em parceria com a Duratex e a Emater, organiza uma horta escolar. Em abril, ocorreu o primeiro plantio. Os produtos são consumidos na escola, beneficiados pela agroindústria e levados pelos alunos. “Como escola do campo, se optou por criar esse caminho da agroecologia. O primeiro passo para isso é uma horta orgânica, onde a gente não coloca nenhum tipo de aditivo, veneno”, conta a professora Luísa.
Para o estudante do 8º ano, Alisson Santos, 16 anos, há muito para se aprender na horta da escola. “Eu gosto muito de estar lá, trabalhar lá, fez eu pôr muita coisa que eu sabia em prática. É uma função muito boa para escola e, como a gente planta muita coisa, a gente utiliza na nossa escola, na nossa cozinha, mas levamos para comer em casa também”, contou o estudante.
De acordo com a diretora, Rosa Maria Kern, todo o trabalho da horta é desenvolvido pelos estudantes. “Para nós, tem muito valor, porque quanto conhecimento eles vão poder levar para suas comunidades, para suas casas. Muitos deles já estão fazendo horta em casa, eles têm grandes aprendizagens lá”, considerou.