Foi preso pela Polícia Civil, em Taquari, na quina-feira, dia 10, um homem condenado pela morte do adolescente Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro Júnior, então com 17 anos, na saída de uma festa, em Charqueadas, em 2015. Peterson Patric Silveira, 28 anos, que estava residindo em Taquari, era o único dos oito condenados pelo homicídio que ainda estava em liberdade.
O homem preso em Taquari foi considerado um dos culpados pela morte de Ronei Faleiro Júnior e recebeu uma condenação de 35 anos pelo Tribunal do Júri, em 2022, mas teve o direito de recorrer em liberdade. Em setembro de 2024, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) revisou a pena para 26 anos e decretou a prisão do condenado.
Único dos oito réus condenados ainda em liberdade, Silveira estava residindo em Taquari, já que tinha um relacionamento afetivo com uma moradora da sua cidade. A prisão de Peterson foi cumprida pela Delegacia de Polícia Civil de Taquari, que recebeu informações de seu paradeiro da DP de Charqueadas, que já havia conseguido encontrar os outros sete réus condenados à prisão. Ainda na quinta-feira, após os trâmites de praxe, Silveira foi encaminhado ao sistema prisional.
Relembre o caso
O assassinato de Ronei Faleiro Júnior aconteceu em 1º de agosto de 2015. As agressões ocorreram quando o pai de Ronei foi ao local de uma festa para buscar o filho e um casal de amigos. Conforme denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), os agressores atacaram quando eles embarcavam no veículo da família. Ronei chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Ainda segundo o MP, os suspeitos teriam como alvo o amigo do adolescente morto. A motivação seria o fato de este amigo ser de outro município, São Jerônimo, pois havia uma rixa entre o Bonde da Aba Reta — grupo do qual os réus faziam parte — e os moradores da outra cidade.
Durante o júri popular, em 2022, Silveira confessou o envolvimento na briga que resultou na morte do adolescente. Segundo seu depoimento, tinham duas ou três brigas ocorrendo ao mesmo tempo. Ele, então, deu duas ou três garrafadas no rapaz. Depois, segundo o réu, ao perceber que a briga estava tomando proporções maiores, saiu correndo e jogou fora a garrafa.
Câmeras de monitoramento de Charqueadas gravaram a sequência de violência. As imagens contribuíram para identificação dos participantes do crime. Ainda de acordo com o MP, mensagens de WhatsApp, trocadas entre os agressores, nas quais se vangloriavam pelo feito, também foram utilizadas como provas para as condenações.