O amor pelo tiro de laço, tradicional disputa campeira no Rio Grande do Sul, une uma família do Rincão São José. O que aprendeu desde os 10 anos, Robinson Lang, 39 anos, busca ensinar às filhas, Ana Clara, de 11 anos, e Clarissa, de 13, que se inspiram no pai e dividem pistas nas disputas em rodeios.
Há cerca de três anos, as meninas começaram, juntas, a aprender a laçar com o pai. “A gente se inspirou nele”, relata Ana Clara. Desde então, já foram diversos troféus conquistados individualmente e em provas em conjunto, inclusive uma vitória na categoria “Pai e Filha”, com as duas meninas revezando o laço ao lado de Robinson. “A gente dividia a mesma égua, uma ia primeiro e a outra depois”, lembra Clarissa.
Ana Clara já soma 12 premiações de tiro de laço e Clarissa, quatro. Entre elas, as duas conquistaram o primeiro lugar na regional da Festa Campeira do Rio Grande do Sul (FECARS), nas categorias Guria e Prendinha, e Ana Clara ficou com o terceiro lugar na etapa estadual, na categoria Prendinha. A FECARS é uma das maiores competições estaduais de laço e a conquista de Ana Clara na etapa estadual foi um feito inédito para o CTG Pelego Branco, entidade que a família representa nas disputas campeiras, assim como o Piquete Estância do Rincão, do qual o pai é um dos fundadores.
Para o pai, é um orgulho poder ensinar e ver as meninas seguindo seus passos. “É muito gratificante. E elas estão indo mais longe, estou treinando elas para serem melhores que eu”, fala.
A mãe das meninas, Cleonice dos Reis Pereira, destaca que, além das provas, a convivência nos rodeios é muito importante para a família. “A gente gosta de estar junto, cultivando a tradição, vivendo experiências em família nos acampamentos”.
Filho mais novo do casal, Thaian tem apenas nove meses, ainda não laça, mas também carrega parte da paixão da família: seu nome foi inspirado em um dos maiores laçadores do país, “Thaian de Ávila”.