O serviço de partos no Hospital São José, que está desde o dia 11 de maio sob a administração do Instituto Núcleo de Apoio às Políticas Públicas (Inapp), deverá ser retomado na próxima semana. A previsão inicial de 1º de junho, segundo o Inapp, não foi atendida porque estão sendo feitas reformas e investimentos na área de obstetrícia. O investimento será de R$ 250 mil.
A prefeitura está comprando equipamentos para o serviço de parto no valor de R$ 210 mil. São 20 itens, como berço aquecido, monitor fetal, oxímetro, respirador artificial, entre outros. A compra será feita através de pregão presencial, no dia 27 de junho. Com os outros R$ 40 mil, o Inapp está fazendo o trabalho de reforma e aquisição de materias de uso continuado.
O prefeito Emanuel Hassem de Jesus, o Maneco, diz que havia a necessidade do investimento, mas que o hospital não contava com médicos para fazer o atendimento. “Nós compraríamos os equipamentos para quem usar? Quando tinha obstetra não tinha pediatra”, ressalta. O Hospital de Taquari era administrado pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev).
Com o investimento, haverá uma sala de retaguarda. “Os equipamentos são equivalentes aos leitos de UTI”, diz o administrador do hospital, Sírio Oliveira. Segundo ele, os quartos da maternidade foram reformados, móveis trocados e feita a manutenção de equipamentos. “Em cada detalhe a gente se deparou que tem que melhorar. Estamos aproveitando estes 15 dias para isso”.
O administrador acrescenta que a equipe de profissionais está montada. “Ocorrreu conforme o combinado para o dia 1º, acertamos o anestesista, pediatra e obstetra. Montamos todo o trabalho e fizemos uma revisão de todos os equipamentos. Detectamos muita coisa precária. Optamos em não realizar os partos, principalmente os que ofereçam o risco. Nós vamos treinar os funcionários em alguns módulos, começa na quarta-feira, com técnicos em enfermagem”, conta. A retomada dos partos deverá ocorrer em 10 dias. “Os equipamentos que têm, desde que estejam com manutenção, e a equipe treinada, já temos o suporte para fazer os partos sem risco”, completa.
O trabalho de obstetrícia será feito pela médica Lívia Guaitolini, que reside em Porto Alegre, e ficará de sobreaviso. A ideia é ter outro profissional para esta área. Os pediatras são os três de Taquari, que estão retornando à casa de saúde.
A médica obstetra também vai atuar na rede básica de saúde, fazendo o pré-natal. Há possibilidade de fazer atendimento ginecológico.
Começa o atendimento de urologia e são retomadas as endoscopias
Há duas semanas, iniciaram os atendimentos da urologia. Segundo Sírio, há cerca de 150 pacientes de Taquari aguardando atendimento, que estão ocorrendo nas terças-feiras. São feitas 10 consultas por dia pelo médico de Taquari, Mário Miguel Colombo.
Os exames de endoscopia também foram retomados na semana passada. Conforme a direção do hospital, a ideia é atender a demanda em 45 dias, pois há cerca de 70 pessoas aguardando pelo exame e serão oferecidos de 20 a 30 por mês. O trabalho será realizado pelo médico Carlos Inácio Mallmann, de Taquari.
O Inapp também está buscando a realização de cirurgia-geral para atender a região, com média de 40 cirurgias por mês. Está sendo feita uma planilha de custo de cada procedimento do bloco para ver a possibilidade de realização do serviço. “Temos que ver se a gente consegue pagar os profissionais envolvidos, atender a população e que o hospital cubra as suas despesas. Fechando a conta, a gente vai implantar”, diz. Caso os recursos não sejam suficientes, afirma que será solicitado ao Estado que aumente o incentivo ou que o Município dê o suporte. Se for regionalizado, que cada município contribua.
RGE Sul diz que doações na conta de luz serão revertidas ao hospital de Taquari
Na semana passada, O Fato Novo noticiou que alguns moradores de Taquari que contribuíam com o hospital do município através da conta de energia elétrica da RGE Sul haviam ficado surpresos ao conferir, na fatura do mês de maio, que a doação estava destinada ao hospital de Cacequi, situado na região missioneira do Rio Grande do Sul.
A casa de saúde é administrada pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), que realizava a gestão do hospital de Taquari até o dia 10 de maio deste ano, quando teve o contrato rescindido pela Prefeitura.
Nesta semana, a RGE Sul se manifestou sobre o caso, informando que corrigirá o erro e que as doações serão revertidas a Taquari. Segue, na íntegra, a nota da empresa. “A RGE Sul informa que os valores arrecadados como forma de doação para o Programa Hospital com Mais Saúde nas faturas de energia elétrica dos clientes do município de Taquari, no mês de maio de 2018, serão repassados integralmente para a o Hospital de Taquari.
No último mês, ocorreu um problema na impressão das faturas, onde a instituição que apareceu como beneficiada pelas doações foi o Hospital de Cacequi e não o Hospital de Taquari. A empresa já corrigiu o erro e reimprimirá as faturas não pagas com o nome correto da instituição beneficiada. Para os casos em que já houve o pagamento da via com o nome indevido, a correção da informação aparecerá no próximo mês.
A RGE Sul reitera que foi um problema pontual e que os administradores da instituição recebem mensalmente os relatórios com as doações realizadas, mantendo uma relação transparente com todas as partes envolvidas. Adicionalmente, reafirmamos o nosso apoio as instituições de saúde da área de concessão”.