A Polícia Civil de Taquari prendeu, na manhã da última segunda-feira, na Vila São Francisco, um homem de 23 anos, suspeito de receptação qualificada e apontado pela Polícia como o maior receptador de materiais como ferro, alumínio, bronze e cobre em Taquari.
Conforme a delegada Betina Martins Caumo, a operação foi desenvolvida em virtude do aumento significativo no número de ocorrências de furtos de material de cemitérios, tampas de boca de lobo e fiação elétrica. Segundo a delegada, a operação teve êxito, já que foi efetuada a prisão do rapaz, apontado como o maior receptador da cidade deste tipo de material, bem como na apreensão, na residência do suspeito, de uma caminhoneta Chevrolet D10, que seria utilizada para o transporte de objetos mais pesados, uma tampa de boca de lobo e farto material oriundo de cemitérios, como argolas, crucifixos, letreiros e molduras de alumínio de fotos e de janelas de capelas.
Mesmo com a prisão do homem, segundo a delegada, a investigação prossegue, “pois precisamos identificar para onde esse material era revendido e quais são as pessoas daqui que estão cometendo estes furtos e revendendo este material para essas sucatas improvisadas.”
O suspeito preso é natural de Canoas e, segundo a delegada, havia fixado residência em Taquari há cerca de quatro meses. Ele tem como antecedentes, segundo a Polícia Civil, vias de fato e fuga de local de acidente.
De acordo com a delegada, o rapaz foi preso em flagrante, e a prisão preventiva dele foi decretada. “Esse tipo de crime é considerado receptação qualificada, porque é uma atividade comercial, pois por mais informal que ela seja, é considerada uma atividade comercial.”
Ainda conforme a delegada, a pena para esse tipo de crime é de três a oito anos de prisão.
Furtos de tampas de boca de lobo
Além dos furtos em cemitérios, que cresceram nos últimos meses, na última semana, um outro tipo de furto chamou a atenção em Taquari: o de tampas de boca de lobo. A Prefeitura divulgou, através de suas redes sociais, no dia 3 de agosto, que o setor de Trânsito tinha verificado que 14 tampas de boca de lobo haviam sido danificadas e furtadas “o que, além de prejuízo ao município, poderia ocasionar acidentes.” A maioria destas bocas de lobo estaria na rua Vereador Praia.
Conforme a delegada, as tampas são vendidas no mercado clandestino. “É ferro puro. O valor é do material, o ferro, o alumínio, o bronze, não do objeto em si.”
A reportagem de O Fato entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura para saber o valor do prejuízo e a previsão para o conserto das bocas de lobo, contudo, até o fechamento desta edição não foram enviadas as respostas.