Um grupo formado por comerciantes, cabeleireiros e outros profissionais que não podem abrir os estabelecimentos, por serem considerados não essenciais, em decorrência das medidas de contenção da propagação do coronavírus, instituídas pelo governo do Estado, realizaram uma manifestação na tarde do domingo, 14 de março, com carreata, passando pelas principais ruas dos bairros, na reivindicação do direito de trabalhar e de definir o que é essencial para as famílias.
“A necessidade de gerar opções para continuar trabalhando, mesmo diante da atual situação, visto que todos são responsáveis e sabem dos cuidados necessários que precisam ter e oferecer aos clientes”, afirma um dos integrantes da comissão organizadora, que prefere não ser identificado.
A mobilização ganhou a adesão dos familiares. “Escutamos alguns comerciantes e esses disseram que não estavam sozinhos nessa caminhada, a de lutar pelo direito de trabalhar e, por isso, poderiam contar com outros familiares e amigos que têm constantemente escutado suas necessidades e acolhido seus sentimentos em razão do que estão vivendo”, completa. Cerca de 50 veículos estiveram na manifestação que ocorreu de forma organizada e ordeira.
Desde o dia 27 de fevereiro, o comércio está trabalhando apenas no sistema de tele-entrega, sem poder abrir ao público, e estabelecimentos como barbearias e salões de beleza estão fechados.
O vice-prefeito Ramon Kern de Jesus diz que a secretaria da Indústria e Comércio recebeu, durante a semana (anterior à carreata), diferentes lideranças de diversos segmentos para ouvir as reivindicações e encaminhar ao governo do Estado os pedidos. “Estamos em bandeira preta e trabalhando com várias ações no combate ao coronavírus. Somos solidários ao nosso comércio local, mas devemos cumprir o decreto do governador. O município segue trabalhando forte junto à Federação das Associações dos Municípios do Vale do Taquari (Famurs) no sentido de agilizar a compra de vacinas para nosso cidadão e, assim, avançarmos na diminuição de casos graves. A administração segue aberta ao diálogo com todo munícipe ou entidade representativa”, afirmou.