Conforme o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente Glaiton Contrera, o ponto mais frágil e mais crítico que causa a maioria dos incêndios em residências são as condições da rede elétrica. “Essa é a causa de 60%, 70% dos inícios de incêndio, vem das condições precárias da rede elétrica.
As pessoas devem evitar ao máximo o acúmulo de equipamentos ligados na mesma tomada”. Segundo o tenente, fios deformados, enrugados, com mudança de tonalidade mostram que a rede elétrica está velha. “O leigo deve chamar um eletricista. Existe diferença entre eletricista e emendador de fio. Emendar fio quase toda pessoa consegue fazer. Tem que chamar um profissional”. Contrera diz que muitas vezes as casas não estão preparadas para o número de eletrodomésticos e eletrônicos que existem hoje em dia. O comandante recomenda que a rede elétrica deve ser revisada a cada cinco anos.
Outra coisa para a qual o tenente chama atenção é o uso do chuveiro elétrico. “Quanto estiver usando o chuveiro, não utilizar outro equipamento de média ou alta potência, por exemplo, ar condicionado, micro-ondas, máquina de lavar. Numa residência, o equipamento que demanda mais energia é o chuveiro, mesmo não sendo o mais comum causador de incêndio. É mais comum começar por causa de um ar condicionado, uma cafeteira, mas o chuveiro causa desgaste da rede”.
A instalação de gás da residência também deve ser observada. “A mangueira e o regulador que faz a conexão entre o botijão e o fogão devem estar dentro da certificação. A mangueira e o regulador têm validade de cinco anos. Você vai encontrar oito, dez, quinze anos de uso ou mais e que nunca rompeu. Mas normativamente é cinco anos. Ela recebe influência do clima se a mangueira ficar do lado de fora, o sol danifica, as intempéries de modo geral”. Conforme o comandante, quando a mangueira começa a ficar pouco maleável é sinal que deve ser trocada.
Outro fator que pode causar um incêndio de grandes proporções é a proximidade de uma residência a outra. “Uma casa muito junta à outra potencializa no caso de uma residência pegar fogo, à outra também pega muito mais rápido”. O comandante aconselha que, na hora de construir, os afastamentos mínimos sejam respeitados.
