O Jornal O Fato confirmou a informação de que o sistema de videomonitoramento do município não está em funcionamento. A denúncia sobre a questão foi feita pelo vereador Leco Costa (Avante), em sessão do Legislativo, realizada na semana passada.
O semanário buscou informações com os órgãos envolvidos no serviço, Prefeitura, Brigada Militar e CDL. O sistema foi instalado em 2020, contava com 14 câmeras, e a Brigada Militar acompanhava em tempo real as imagens geradas pelas câmeras. O investimento, na época, foi de R$ 170 mil.
De acordo com o capitão da Brigada Militar de Taquari, Guilherme Mallmann, as câmeras de vigilância estão inoperantes há algum tempo, mas a administração municipal está tratando do problema. “O poder executivo municipal está buscando viabilizar junto a outra empresa a melhoria do sistema de videomonitoramento existente no município de Taquari”, afirmou.
Segundo o capitão, nos próximos dias haverá a visita da empresa e demonstração do serviço. A empresa contratada será responsável pela manutenção e reparo do sistema de videomonitoramento, conforme Termo de Cooperação firmado entre município e Estado. “O sistema de videomonitoramento é muito importante para a prevenção e redução de crimes, monitoramento e agilidade na resposta, possuindo grande relevância ainda na identificação de suspeitos, veículos e na investigação de crimes”, acrescentou o capitão.
Mallmann informa que uma das câmeras foi danificada pela criminalidade, duas quebradas em sinistros de trânsito, uma atingida pela enchente e as demais tiveram problemas de manutenção e conexão com a internet. Para o comandante, a administração está empenhada em possibilitar um sistema de videomonitoramento digno de outros muito bons que existem em municípios da região.
O que diz a Prefeitura
Na manhã de ontem, 29 de maio, a Prefeitura emitiu a seguinte nota sobre a questão. “O município está trabalhando há mais de quatro meses para a substituição de todo o sistema de videomonitoramento, inclusive com reuniões com a representação da Brigada Militar e da Polícia Civil, para a ampliação do sistema, mais moderno, e instalação de mais pontos de monitoramento com novas câmeras, com previsão de implantação total até o dia 3 de julho.”
O que diz a CDL
O empresário Maicon Costa era o presidente da CDL quando o projeto do cercamento eletrônico da cidade foi implementado, na gestão 17/19. Nesta semana, Maicon destacou que o sistema tem objetivo de trazer mais segurança a toda a população de Taquari, visto que todas as entradas e saídas da cidade estavam monitoradas e o centro da cidade.
Maicon enfatizou que a implementação do sistema de videomonitoramento foi custeada com o apoio de todos os associados da CDL. “Bem como doações espontâneas de empresas de nossa cidade, além do aporte de recursos públicos por parte da administração municipal da época, totalizando a época algo em torno de 170 mil reais”, destacou.
Entretanto, o empresário disse que sabe o quão difícil é para se manter em pleno funcionamento o sistema, devido a diversos fatores, tais como, furtos, falta de manutenção, atualização de equipamentos, entre outros. “Sendo assim, no ano de 2021, a CDL passou para o poder público Municipal a gestão do sistema, visto que a segurança pública deveria ser responsabilidade total do governo do Estado, ente este que em nada colaborou para a implementação do projeto”, afirmou Maicon.
O empresário salienta que é claro que fica entristecido com o não funcionamento em sua totalidade do projeto. “Visto que ele traz uma sensação de segurança a toda a nossa comunidade, e também devido aos altos valores investidos na época pelos nossos associados. Esperamos o mais breve possível que tenhamos uma solução rápida e eficiente para o sistema de vídeomonitoramento de nossa cidade”, solicitou.