Morador do bairro Colônia Vinte, Othavio Castoldi Ziegenrücker, 17 anos, difere-se da maioria dos adolescentes. Nunca gostou de roupas de marca e tendências do século XXI. Seu apreço está no clássico, tanto para vestimenta, quanto para objetos que busca colecionar.
Othavio relata que, desde muito pequeno, já mostrava suas preferências e que se inspira nos avós, Juarez Paulo Castoldi e Darcí Martins Ziegenrücker, e nos tios-avós, Osmar Getúlio Martins Ziegenrücker e Anna Martins Ziegenrücker. “Nos dias mais frios, costumo usar paletó e sobretudo. Nos dias quentes, calça e camisa. Também costumo usar tirantes (suspensórios). O meu interesse em me vestir assim é por eu achar mais bonito”, relata o jovem, que nunca se interessou por roupas de marcas da moda.
As vestimentas clássicas são mais difíceis de encontrar e a maioria das utilizadas pelo adolescente foram compradas em feiras da comunidade Pella Bethânia. Ele também relata que as pessoas ficam interessadas e curiosas com seu estilo, e que recebe críticas, comentários e muitas perguntas. “Tenho que encarar, pois eu escolhi ser assim e assim vou morrer”, diz.
Mas não são só as vestimentas compõem o estilo clássico do taquariense. Ele coleciona objetos antigos, que consegue em vários lugares, até no lixo. Os materiais são utilizados no seu dia a dia e ainda há muitos desejos na lista do taquariense. “Sonho muito em adquirir um gramophone e um disco 78 rotações da dupla Tônico e Tinoco de 1944, com a música ‘Em vez de me agradecer’; é o primeiro disco deles”, contou o jovem, que participa de grupos de antiguidades, onde são trocadas informações entre amantes da área.