O diretor administrativo do Hospital São José, Élcio Callegaro, apresentou, na tarde de ontem, aos vereadores, presidente da Associação Taquariense de Saúde (ATS), Cláudio Ehlers, e imprensa local, na Câmara de Vereadores, os números relacionados à atividade do hospital São José, tanto em produção operativa quanto na financeira.
“Estamos trabalhando em cima de orçamento e de capacidade instalada. Estamos em uma fase de reconstrução e logo vamos poder estar oferecendo serviços para a população de Taquari e municípios vizinhos”, salientou o diretor. Com o plano orçamentário, elaborado com base no primeiro trimestre de 2021, o objetivo é dar uma direção nas ações.
As despesas do hospital foram divididas em dois centros de custos, o da UTI e o da gestão, que inclui todas as demais atividades da instituição, como saúde mental, emergência, setor de raio X e farmácia.
Conforme os dados apresentados, a receita mensal prevista até o final do ano é de R$ 1,350 milhão, estimada com base no primeiro trimestre de 2021. “Este número serve como um balizador porque não posso gastar mais, temos que ajustar as despesas”, explicou o diretor.
A despesa geral prevista é de R$ 1,450 milhão, sendo que, para o funcionamento da UTI, o custo é de R$ 610.227,11. A receita neste setor é de R$ 480,00 mil, tendo um déficit de R$ 130 mil mensais. O desequilíbrio, segundo o hospital, ocorreu devido alta incidência de covid na UTI, com pacientes muito graves.
Para cobrir o déficit de meses anteriores, foram utilizados recursos repassados pelo município, de emendas parlamentares e de uma remessa de medicamentos, no valor de R$ 205 mil, destinada pelo Ministério da Saúde.
Para os próximos meses, até dezembro, estão previstos R$ 100 mil de verbas extraordinárias. “Temos que buscar no mínimo R$ 100 mil por mês, se não vai dar problema”, adiantou o diretor. Há também R$ 50 mil de contribuições e doações.
Entre as ações destacadas para angariar recursos, estão a conscientização das pessoas que possuem plano de saúde, que façam o uso, gerando receita para a casa de saúde. Hoje, 90% dos atendimentos no hospital são pelo SUS. Outra medida serão convênios com prefeituras, que devem ser feitos a partir do mês de junho.
Instituição prepara-se para implantar protocolo de Manchester
Na reunião, a direção anunciou que dará início, nos próximos dias, ao sistema de triagem conhecido por protocolo de Manchester, meio pelo qual os atendimentos são classificados por cores o risco de gravidade dos pacientes. Foram equipadas salas separadas pelas cores do protocolo: vermelha representa emergência; laranja, situação muito grave; amarela, urgente; verde, pouco urgente e azul, não urgente. Os pacientes serão acolhidos pela equipe de enfermagem e encaminhados para a sala correspondente. “O foco principal será a orientação para os pacientes saberem que na emergência a prioridade é para risco de vida”, destacou a enfermeira Elisa Bastos.
Alguns números do hospital
139 funcionários, sendo 100 na área assistencial, 20 na administrativa e 19 na de apoio.
Número de internações: 1200/ano
Número de exames de Raio x: 650/m
Números de exames tomografia: 360/m
Números de refeições servidas: 1.200/m
Quantidade de roupas lavadas: 4.000 quilos/m
Índices de ocupação por turnos
Manhã, das 7h às 13h – 46,6%
Tarde, das 13h às 19 – 30%
Noite, das 19 às 24h – 20%
Madrugada, das 24h às 7h – 3,4%
(De 1 de janeiro
a 31 de março/2021)
Principais motivos de atendimento*
Queda da própria altura (ocorre ao mesmo nível em que a vítima se encontra, geralmente após tropeços ou escorregões); hipoglicemia, hipotensão arterial, fraturas, infartos, acidente em via pública, acidente vascular encefálico, sutura de corte com máquinas, desidratação, síndrome respiratória aguda grave (COVID-19), dor abdominal, dispneia, acidente automobilístico e infecções do trato urinário.
(Janeiro e fevereiro/2021)