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“Entendo que não é comum as pessoas verem padre negro”

Franklin Freitas, 40 anos, faz questão de se apresentar como Frei Negrão, e atua no Seminário São Pascoal, em Três Passos, mas sempre que há um evento maior na Paróquia São José, em Taquari, como as novenas do padroeiro, ele está presente. No último sábado, o frei fez a celebração e chamou a atenção de algumas pessoas. “Entendo que não é comum as pessoas verem padre negro. Elas podem ver na televisão, mas quando se aproxima assim, elas se encantam”, diz.

Natural de Pelotas, aos três anos, passou a residir em Gravataí, e é frei franciscano desde 2007 e padre há três anos. Ele conta que descobriu a vocação em Gravataí, quando participava do grupo de jovens e era coroinha, se identificando com a história de São Francisco de Assis, pelo cuidado com os mais pobres e em tornar o mundo mais justo e fraterno, também pela realidade que enfrentava.
Ao longo da trajetória como frei, trabalhou em pastorais que deram um norte ao que sentia como chamado de Deus, como Pastoral da Aids, a Carcerária, com meninos da FASE, a Afro, na qual trabalha o racismo, preconceito e a migração no Rio Grande do Sul. “O fato de ser negro nunca gerou dúvida, mas quando ingressa e não vê, majoritariamente, pessoas como você, se torna mais difícil a caminhada”, comenta. “Na região Sul, especialmente, pela questão da colonização e a porta de entrada da igreja ser a imigração alemã e italiana, há 15 anos era muito difícil termos padres negros. Hoje, praticamente todas as dioceses têm”, salienta.
Ele diz que a questão da negritude entrou na pauta da sociedade nos últimos 15 anos. “Ingressei num momento de mudança dentro da cultura brasileira e isso possibilitou a facilidade. Quando olhamos para trás, tiveram candidatos negros que ingressaram nas não ficaram, não perseveraram”, diz. Na igreja católica, há organizações em nível estadual com atividades ao longo do ano para trabalhar a questão da negritude. “Não posso dizer que senti racismo, mas preconceito senti. Como a palavra diz: pré-conceito. Não acentuaria no sentido de o fator majoritário ser a cor da pele, mas mais pela surpresa. Na primeira paróquia para a qual fui nomeado vigário, era de descendência alemã e estava celebrando 130 anos. As pessoas chegavam para mim e diziam: “você é um frei diferente’, esse diferente, a gente notava que vinha carregado do tom da pele, mas as pessoas não diziam. Assumi a minha identidade como Frei Negão, até para as pessoas se darem conta da questão da negritude, do tom da pele da gente. Tenho que saber usar o meu espaço e o meu ser negro para evangelizar”, ressalta.
Ele lembra que quando morou na Paróquia São Francisco, pela primeira vez, um senhor lhe disse: ‘se você soubesse o quanto a sua cor evangeliza!’. “Ali me dei conta, virei a chave, e passei a adotar o apelido para evangelizar a partir do meu ser”, conta.

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