Professores e auxiliares de educação infantil das escolas Nossa Senhora das Graças, São José e Vó Laura receberam os vencimentos do mês de março na tarde da última quarta-feira.
As creches são administradas pela Associação de Desenvolvimento de Projetos Educacionais, Culturais e Sociais – ADPECS, através de parceria público-privada, em que a Prefeitura repassa valores mensais à entidade para pagamento de funcionários e despesas com a manutenção do prédio. O atraso de oito dias no pagamento deixou os trabalhadores apreensivos, que contataram O Fato para informar a situação.
“Em plena pandemia de coronavírus e sem salário, eu não tenho mais nada dentro de casa e vou pagar juros dos cartões que venceram tudo na semana passada”, contou uma das funcionárias ao jornal, que, até o início desta semana, não havia recebido previsão de pagamento. Segundo os servidores, o prefeito Maneco informou ao grupo que o atraso era decorrente da suspensão do pagamento à entidade, em função de falta de prestação de contas da Adpecs.
A administração municipal disse, ao jornal, que a empresa apresentou toda a documentação na última terça-feira. “O pagamento estava suspenso até o envio desta documentação, que é uma exigência contratual. A entidade recebeu a verba nesta quarta-feira, dia 15”, informou a Prefeitura
Questionada sobre a possibilidade de rescisão do contrato com a Adpecs, válido até 2022, a administração municipal disse que não está sendo cogitada. “A Prefeitura está satisfeita com o trabalho da entidade”, afirmou. O diretor da Adpecs, Leandro Britscke, disse a O Fato que a associação havia apresentado a prestação de contas, mas que a Prefeitura informou que não estava nos moldes desejados e a documentação precisou ser refeita. A Adpecs informou que recebeu a notificação em março e que, pelo contador ser de outro município, teve dificuldades em agilizar a documentação em meio ao isolamento social em função da pandemia de coronavírus. A associação disse que solicitou prorrogação de prazo à Prefeitura e entregou a documentação na data estipulada pela administração municipal. Leandro acredita que foi desnecessária a suspensão do pagamento no período. “Não teria necessidade, me parece que isso foi mais uma questão de fluxo de caixa mesmo, daqui a pouco até para dar um argumento para o pessoal, porque a Prefeitura não pagou. E a gente entende porque não é um momento fácil. A gente sabe que hoje todos os recursos estão direcionados, muitos têm ido na linha até de suspender contratos”, disse o responsável pelo projeto da Adpecs em Taquari.
O jornal também recebeu, ontem, a informação de que a entidade havia pago alguns salários parcialmente, mas a Adpecs foi enfática em afirmar que realizou todos os pagamentos de forma integral.
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