Começa a colheita de arroz no município

A colheita de arroz em Taquari iniciou no dia 27 de janeiro, conforme o engenheiro agrônomo Romeu Casanova, que presta assessoria técnica para os arrozeiros e é parceiro do Instituto Rio Grandense do Arroz. Estão plantados no município 2.650 hectares de arroz em cerca da 30 lavouras.

De acordo com Casanova, a previsão de produtividade para este ano é de 170 sacas de 50Kg por hectare, ou seja 8.500 kg por hectare, totalizando uma safra de cerca de 22.520 toneladas do grão. A previsão é que o preço pago pela saca do arroz seja de R$ 45,00, totalizando uma renda bruta de aproximadamente R$ 20 milhões para os produtores. “É um bom desempenho. Em termos de pagamento de produtor, melhorou em relação aos anos anteriores. A produtividade está se mantendo.” A produtividade em 2019 foi de cerca de 175 sacas por hectare e o preço pago foi de R$ 35,00 a saca.
Conforme o engenheiro agrônomo, a estiagem que atinge o estado pode atrapalhar a produtividade, pois há lavouras que utilizam água para irrigação de açudes ou represas, que não estão sendo reabastecidas pela falta de chuva. “Tem algumas represas que estão periclitantes, a falta de chuva pode atrapalhar. Teria que chover de uma vez só 60 mm na região de Fazenda Vilanova e Teutônia, porque lá tem as cabeceiras do Arroio Capivara. “A água do arroio é utilizada em lavouras. “Cada dia sem irrigação, o produtor perde uma saca de arroz por hectare”, acrescenta Casanova.
O agricultor Marcelo Labres Porn, 37 anos, planta arroz em Taquari desde 2002. Neste ano, ele pretende colher 110 hectares do grão. Ele tem estimativa de uma boa colheita apesar da estiagem, que pode atrapalhar um pouco. “Alguma coisa sempre se perde”, diz. Porn acredita que a produtividade de sua lavoura será de cerca 160 sacas por hectare e pretende vender a R$ 47 ou R$ 48, a saca.