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A compatibilidade entre mãe e filho

Nos últimos dois meses a rotina na residência da família Brito dos Santos, no Centro, voltou a caminhar com ares de tranquilidade. Há mais de cinco anos que vivia percorrendo clínicas médicas, de exames e hospitais, tudo em função de um problema de rim do filho caçula, Vinícius Brito dos Santos, 21 anos.

O problema deu sinais no dia 31 de dezembro de 2014, quando Vinícius sofreu um desmaio e, ao se investigar a causa, descobriu que estava com a creatinina alta – uma substância derivada da creatina, que está presente no corpo e indica a condição de funcionamento dos rins. “De lá pra cá foi a nossa correria, leva a médico e faz inúmeros exames e, na última médica, em Lajeado, falou-se da necessidade de um transplante de rim”, lembra a mãe, a professora Sônia Brito dos Santos, 57 anos. “Na primeira consulta em Lajeado, a doutora já falou do transplante. Eu tava mais ou menos preparado, mas ela (a mãe) desabou”, lembra o pai, Flávio Adalberto dos Santos, 59 anos. Vinícius passou por todos os exames e teve o nome incluído na fila para aguardar um doador. O transplante de rim é um tipo que pode ser feito intervivos. Os pais de Vinícius passaram por exames para análise da compatibilidade, o que apontou a mãe como possível doadora. Ela não teve dúvidas, justificando que iria mesmo que fosse para um desconhecido. “A maioria olhava para mim e me questionava: Bah, mas tu com 56 anos vai fazer uma doação, não é  muito perigoso pra ti? Eu dizia: gente, do que me adianta eu pensar numa coisa que poderá vir se eu posso fazer o bem para ele? Ficar com os meus dois se ele está precisando de um para ter uma vida saudável? As pessoas não se conscientizam disso”, diz Sônia.
Superada a etapa de encontrar um doador, a família precisou aguardar a burocracia, porque mesmo com a disponibilidade da mãe, Vinícius tinha que esperar o andamento da fila. Neste período, ele fazia hemodiálise duas vezes por semana, em Lajeado, e, em janeiro de 2018, contraiu uma infecção pelo catéter. Foram necessários 30 dias de internação para o tratamento pois tinha que ficar clinicamente bem, com imunidade alta, para fazer a cirurgia. “Foi o momento mais crítico pra mim. A médica disse que tinha a chance de ir bactérias para o coração”, lembra Vinícius.
Felizmente, esta nova batalha foi enfrentada e a cirurgia agendada. “Começaram outras preocupações. Eu não estaria consciente durante a cirurgia dele porque também seria anestesiada e isso me angustiava demais”, fala a mãe.
No dia 20 de agosto de 2019, o transplante foi realizado. Sônia lembra que um dos momentos mais marcantes foi a despedida no quarto do hospital. “Eu só pensava que poderia não vê-lo mais, nem se eu ia voltar. Uma cirurgia é sempre um risco. Na hora que a gente entra (para o bloco), não sabe o que vai acontecer”, conta. A cirurgia iniciou às 13horas e a primeira notícia foi dada ao pai que aguardava com um familiar na sala de espera, por volta das 17horas. Do local onde ela estava em recuperação, cuidava ansiosamente o momento em que Vinícius seria liberado. “Graças a Deus, deu tudo certo”, comemora.
Nesta semana, completaram dois meses da realização do transplante, ou seja, da oportunidade que Sônia teve em dar, novamente, a vida a seu filho Vinícius. “É uma situação que te leva a enfrentar por conta da necessidade. Somos capazes de qualquer coisa por amor”, ressalta.
A família salienta a importância do apoio que recebeu dos amigos, dos colegas de trabalho, da família e do apoio espiritual da IEQ de Tabaí. Nesta jornada, também conheceram muitas pessoas que enfrentaram situações semelhantes, inclusive de Taquari, que passaram por transplantes e citam cinco no último ano.
Agora, após sair do período de “alerta vermelho”, passando a ter consultas quinzenais, o momento é de fazer planos para seguir a vida. Ele cursava Análise de Sistemas, mas ao descobrir o problema de saúde e, como fazia a hemodiálise duas vezes por semana, ficava com a saúde debilitada e não conseguia frequentar a aula, que foi cancelada. “Vou procurar alguma coisa para fazer, algum trabalho e estudar. No momento, a única coisa que faço é um curso de inglês”, conta. Sobre a atitude da mãe, Vinícius diz: “Agradeço muito!”

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