O designer Joni Bilhar, 31 anos, tem ganhado destaque no tradicionalismo. Proprietário da empresa Traço Gaúcho, o taquariense tem se dedicado à criação de pilchas para Centros de Tradições Gaúchas e grupos de diversos municípios do Rio Grande do Sul e de outros estados. Já foram mais de uma centena de trabalhos realizados para diferentes entidades.
Joni atua na área desde 2008, quando iniciou no tradicionalismo no CTG Querência do Tio Pedro, em Paverama. Posteriormente, seguiu o mesmo trabalho no CTG Pelego Branco, em Taquari, onde acabou ganhando destaque com trajes confecionados para concursos estaduais de tradições gaúchas, como o Enart e Juvenart. “Em 2015, a invernada participou da interregional do Enart em São Jerônimo e outros grupos viram a pilcha do Pelego Branco, um vestido azul em referência à Nossa Senhora da Assunção. Alí começaram a procurar por quem tinha feito e começaram a vir outros CTGs à procura deste trabalho, que até então não tinha uma marca, eu fazia mais como hobby mesmo”, contou o taquariense.
Formado em Designer pela Univates, Joni uniu de vez a profissão e a paixão pelo tradicionalismo em 2016, quando criou a empresa Traço Gaúcho – Indumentária Tradicionalista. Na época, ainda conciliava seus horários com trabalhos externos na área de marketing, mas em abril deste ano passou a se dedicar exclusivamente às pilchas.
De acordo com o empresário, os vestidos são os trajes mais procurados, mas também há confecção de pilchas completas para grupos, de acordo com as regras do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Além da criação dos modelos, Joni faz a confecção. Para isso, tem parceria com costureiras de Taquari, Paverama, Teutônia, Cruzeiro do Sul, Sapiranga, Campo Bom, Nova Santa Rita e Rio Pardo para a entrega dos trajes. “Como eu atendo vários grupos, eu acabei entrando em contato com algumas costureiras que eu já conhecia o trabalho para fazer essa parceria de costurarem meus vestidos”, relatou.
Além de diversas entidades de todas as regiões do Rio Grande do Sul, o taquariense realiza trabalhos para fora do estado. Já foram entregues pilchas para grupos do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O preço dos trajes varia conforme a escolha dos tecidos e modelos, pondendo chegar a mais de R$ 1 mil por peça. “A gente trabalha de acordo com o que as pessoas pedem. Nosso trabalho é muito exclusivo, tem que entender o que o grupo ou pessoa quer para poder desenvolver um trabalho que atenda a esta expectativa, isto leva tempo. Eu não trabalho com pronta-entrega, mas quem sabe futuramente eu possa entrar neste nicho de mercado”, disse o empresário. Para o futuro, está nos planos de Joni a criação de um ateliê próprio para a confecção das peças.
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