A secretaria municipal de Saúde chega ao quarto mês de atividades em 2019 e, até o momento, conta com repasses estaduais referentes a apenas dois meses de serviço. Segundo informações do vice-prefeito André Brito, o valor mensal recebido do estado deve ser de R$ 153.313,81. O repasse do mês de fevereiro foi feito na semana passada, e ainda não foram depositados valores referentes a março, que estão em atraso, e abril, que pode ser feito até o final do mês. Além desse atraso, há uma dívida de mais de R$ 1 milhão com a secretaria, deixada pelo governador José Ivo Sartori.
Os repasses são para a manutenção de atividades no hospital de Taquari, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os leitos de saúde mental; e de atendimentos feitos pela secretaria de Saúde, como a Farmácia Básica, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), programas de saúde bucal, entre outros. De acordo com o vice-prefeito André Brito, que comanda o Executivo durante férias do prefeito Maneco, o atraso nos repasses e, principalmente a dívida de mais de R$ 1 milhão, comprometem o orçamento do município. “Temos que tirar de outras áreas para cobrir esses recursos que não chegam na Saúde”, destacou.
A Administração Municipal, através de sua assessoria de imprensa, também ressaltou que considera os atrasos e a dívida como desrespeito do Estado com a população taquariense. “Nossa cidade tem um orçamento muito pequeno comparado ao de cidades do mesmo perfil. O dinheiro devido pelo Estado, portanto, faz muita falta”, salientou. Ainda de acordo com a prefeitura, mesmo com os atrasos nos repasses, estão sendo realizados investimentos na área, como aumento do recurso do Município para o hospital, de R$ 210 mil para cerca de R$ 280 mil mensais, compra de arco-cirúrgico, ultrassom/ecografia, UTI Móvel e ambulância para a secretaria de Saúde, além da obra de ampliação da urgência e emergência, que está sendo realizada.
O jornal questionou o Governo do Estado, através da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, sobre a previsão de atualização dos repasses. No entanto, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.