A sessão do Legislativo realizada na segunda-feira,4, teve quase uma hora de duração. Com diversos assunto após o recesso de janeiro, os vereadores levaram para o debate temas como as sucessivas quedas no fornecimento de energia elétrica na rede da RGE Sul, incentivos falta a empreendimentos locais e um projeto de alteração de cargos em comissão de função gratificada, aprovado no recesso.
A votação de um ofício para ser encaminhado a RGE Sul, devido às frequentes quedas no abastecimento de energia elétrica, motivou os pronunciamentos. Os vereadores vão encaminhar à concessionária de energia um documento solicitando atenção da empresa com o município, uma vez que empresários e comerciantes sofrem prejuízos. Caso não haja solução, a gerência da empresa deverá ser chamada para uma conversa com os vereadores.
Leo Mota (PSD) disse que um dos problemas são os matos de eucalipto sob a rede de energia e que há uma lei que limita o plantio a 15 metros da rede.
Ildo Diedrisch (PP) destacou que a rede de alta tensão também é atingida pelo mato nativo e que não é limpa pela concessionária de energia. Ele disse que houve uma reunião, na semana passada, entre a prefeitura e a empresa, o que deverá ocasionar em melhorias.
Sérgio Cenci (PP) considera “péssimo” o serviço da empresa. “Estamos sendo muito mal atendidos”. Ele citou casos em que a rede de energia é sustentada por postes de madeira, que estão escorados.
Edevaldo Borges (PTB) também está insatisfeito com o serviço. “Aconselho a cada um que tiver prejuízo que cobre até danos morais”. Ele citou casos de agricultores que perderam produção de leite e carne de rês, que estava no freezer. “Agora vão ter que mover uma ação”, disse, referindo-se ao ressarcimento do prejuízo.
Melhoria na infraestrutura
Leo Mota destacou ainda que o município está recebendo investimentos dos empresários, mas precisa se preocupar com a infraestrutura. “Hoje temos problemas de todos os lados: energia elétrica, tá aí a população (reivindicando melhorias na sessão); telefonia é seríssimo, e a internet, sabemos que estão trazendo a fibra óptica, mas hoje é péssima”, citou.
Marcos Adriano Lerner (PDT) falou sobre a necessidade de incentivar as empresas que estão instaladas, muitas há mais de 10 anos e pagam aluguel. “E ninguém dá valor”.
Sérgio Cenci Sobrinho (PP) criticou o posicionamento de Marcos Adriano. “Se fosse um pouquinho mais inteligente, teria visto que a gente tá ajudando o Jéferson (empresário), que é daqui. E mais, o governo passado, além de não ter ajudado os que estavam aqui não trouxe nem uma empresa para o município. Aí, agora, vem criticar. Vamos se respeitar!”.
Projeto de sessão extraordinária voltou ao debate
Dilceu da Silva (PDT) falou sobre o projeto de lei 04/2019, aprovado na sessão extraordinária de 21 de janeiro de 2019. Ele lembrou que votou contra a matéria, assim como o colega Marcos Adriano Lerner, o Kiko (PDT), por discordar do texto que estava em votação e destacou que foi parabenizado por alguns servidores públicos. “Achei que aquele projeto foi mal elaborado, onde os de Função Gratificada (FGs) foram mudados só para alguns. Se viesse o conjunto para todo o funcionalismo nós votaríamos a favor, mas veio especificando alguns servidores, votamos contra”.
Marcos Adriano também falou sobre o projeto de lei. “Votamos (os colegas) um cheque em branco para o prefeito. Ele vai dar aumento para quem ele quer. Deu quase 100% de aumento (…) Porque não deu aumento para os motoristas, agentes de saúde, fiscais sanitários?”
Sérgio Cenci rebateu também este assunto. “Tentei explicar aqui naquele dia, mas não quiseram e o autor do projeto estava aqui. Quero que me tragam aqui quem ganhou aumento, comprovadamente”.
Leo Mota disse que votou favorável ao projeto porque na exposição de motivos estava especificado que o impacto financeiro será de R$ 240 mensais. “Mas se dobrou o salário mesmo, de repente, tem alguma coisa errada”.