O Fato Taquari Jornal On-Line
De acordo com informações preliminares do delegado regional da Polícia Civil, Miguel Mendes Ribeiro Neto, por volta das 14h, um homem entrou no escritório de advocacia de Itomar Espíndola Dória, localizado na rua José Antero Siqueira, dizendo para a recepcionista que procurava informações profissionais. Quando a porta do gabinete do advogado foi aberta o homem disparou vários tiros contra a vítima, que morreu no local. Não se sabe dizer ainda quantos tiros foram disparados, mas se trabalha com a informação de 9 a 10 disparos de uma pistola .380. O assassinato aconteceu na quarta-feira, dia 12 de dezembro.
Ribeiro Neto disse que o assassino saiu do escritório e entrou em um Uno branco, onde outro homem o aguardava e fugiram. Conforme testemunhas, o assassino é branco, magro, estatura média (cerca de 1,75m) e usava um boné. “Existem imagens de câmeras de segurança, que estão sendo analisadas pela Polícia Civil de Taquari, que é responsável pela investigação do caso”, informa o delegado. Os funcionários do escritório não conheciam o suspeito.
O delegado afirma que a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, foi descartada, pois nada foi levado do local, como o automóvel da vítima que estava na garagem do escritório.
Por volta das 17h, a Brigada Militar encontrou um Uno branco incendiado, em Amoras, próximo ao Balneário Nativo. Em princípio, teria sido o carro utilizado na fuga pelos bandidos.
Segundo a delegada Betina Martins Caumo, ainda não se tem resultado do laudo da necropsia. Perícias foram realizadas no escritório e no local do carro incendiado, mais ainda sem resultado.
Homem de origem humilde
Itomar Espíndola Dória tinha 60 anos, era gremista, católico devoto de Nossa Senhora Assunção e gostava de conhecer lugares no mundo. Nasceu no Rincão São José, em uma família humilde. Conforme a amiga e colega, Virgínia Bizarro, quando jovem, ele vinha do Rincão São José a pé para estudar no Pereira Coruja. “De chinelo de dedo, em dia de chuva”, conta.
Itomar deixa a viúva Maria Cristina Bitencourt Dória e os filhos David, Bruno e Gabriel.
Advogados assustados
Segundo Virgínia Bizarro, para a classe dos advogados este assassinato foi horrível. “Não se espera que alguém que está trabalhando pode ser assassinado dentro do escritório. Não pedimos para revistar os clientes. Ele entra, dá o nome e a secretária manda passar. É assim que funciona em todos os escritórios. Muitos aparecem no escritório e não se sabe quem é”, explica.
