A queda de R$ 0,46 no preço do diesel anunciada pelo Governo Federal, na semana passada, ainda não chegou completamente aos postos de combustivel de Taquari. A redução foi uma das pautas reivindicadas na paralisação dos caminhineiros, realizada entre 21 e 31 de maio.
Nesta semana, O Fato Novo pesquisou os preços nas abastecedoras locais para verificar se há redução. Na maioria delas, a queda foi em média de R$ 0,20 no litro. Antes da greve, o litro custava R$ 3,78 e, hoje, está em média R$ 3,51.
Algumas abastecedoras justificam que receberam a mercadoria com desconto de R$ 0,20 e não os R$ 0,46.
Já o preço da gasolina segue sendo reajustado. Entre o começo da greve, em 21 de maio, e a terça-feira desta semana, o valor passou de R$ 4,75 para R$ 4,89, um aumento de 2,73%, em 16 dias.
“Todo dia sobe um pouco, cinco centavos, 10 centavos”, diz funcionário de outro posto.
O técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ricardo Franzoi, entende que reduzir o preço na bomba só seria efetivo se fosse tabelado. “Tem intermediários entre o preço que sai na refinaria e o preço da bomba, como transportadores e donos de postos de combustíveis”, opina.
O aumento no preço dos alimentos
Após a paralisação dos caminhoneiros, muitos preços de hortifrutigrajeiros tiveram alta. O tomate e a cebola foram os que mais aumentaram.
Desde a última sexta-feira, o tomate está sendo vendido entre R$ 5,95 e R$ 7, o quilo e a cebola, a R$ 5,90. Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os itens que mais subiram por conta da greve são os que vêm de outros estados, que dependem de rodovias, como é o caso do tomate, sendo a maioria de São Paulo e Goiás, e por serem mais perecíveis. Batata e cebola também foram impactados, pois logo sumiram das gôndolas pelo atraso nas entregas ou perda do produto, o que acarretou o aumento dos preços.
Diante do aumento, a dona de casa Maria Beatriz Teixeira Renner, 60 anos, diz que tem comprado menos de cada item. “A gente não deixa de comer, mas tô comprando menos. O tomate, comprei três estes dias. Antes era um saco cheio”, compara