O Fato Taquari Jornal On-Line
Nos últimos meses, moradores de Fazenda Vilanova estão sendo contatados por criminosos na tentativa de aplicar golpes pelo telefone. Eles ligam e relatam situações que parecem familiares às vítimas, com o intuíto de ganhar dinheiro.
Uma forma de golpe é o da falsa pane mecânica. Há cerca de dois meses, um morador de Fazenda Vilanova, que prefere não ser identificado, conta que recebeu uma ligação mas que logo percebeu que se tratava de um golpe. “Eles diziam: ‘não tá conhecendo a minha voz’ e queriam que eu dissesse o nome de algum familiar. Como percebi logo, pedi que desligasse então a pessoa me disse: o senhor eu não peguei, mas hoje eu já peguei duas pessoas”.
O morador de Fazenda Vilanova conta que um vizinho esteve perto de cair no mesmo golpe. Ao receber uma ligação, o interlocutor passava-se por um primo que morava em outra cidade. Como a vítima citou o nome de um parente, o interlocutor assumiu a identidade do familiar. Conversaram por um tempo e o golpista prometeu que o visitaria. No dia seguinte, novamente pelo telefone, a pessoa que se passava por familiar dizia que estava indo visitá-lo, se envolveu em um acidente e que não tinha o dinheiro para pagar a despesa da manutenção do carro e do guincho. Para cobrir a despesa, é solicitado que seja depositado o dinheiro em uma conta indicada pelo golpista, o que não foi feito.
Outra forma é aplicada quando alguém se passa por uma pessoa conhecida na cidade. No ano passado, a funcionária de uma lotérica conta que atendeu uma ligação pelo telefone fixo, e alguém a chamando pelo nome desde o início da conversa. No outro lado da linha, o interlocutor passava-se por um vereador da cidade, dizendo estar na Câmara de Vereadores e que precisaria fazer uns depósitos, mas que não conseguiria sair no momento. “De primeira eu neguei, dizendo que não tinha autorização pra fazer operações por telefone. Compreenderam e desligaram.
Logo depois, ligaram de novo e insistiram que precisavam muito e que até às 16horas me levariam o dinheiro, pois precisava fazer vários depósitos”, conta a vítima, que prefere não ser identificada. Ela lembra ainda que deram detalhes, como o fato de o vereador estar no primeiro mandato. A vítima fez os depósitos solicitados, totalizando R$ 13.157,50 e só se deu conta que se tratava de um golpe quando, no horário combinado, não foram efetuar o pagamento. “Pois até então, não tinha dúvidas. A voz era muito parecida, a risada e porque me conhecia”, destaca. Ela diz que desta situação tirou como lição: “nunca mais, em hipótese alguma, faço de novo”.
O nome do vereador foi usado no mesmo dia no golpe da recarga de cartão de crédito, aplicado à outra vítima.
