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Bangue-bangue taquariense

Quem esteve no Centro do município na virada do ano se sentiu em um faroeste. Os acontecimentos da noite lembraram os tradicionais filmes americanos que retratam o século XIX, do gênero bangue-bangue. Pelo menos três vezes ocorreram disparos de arma de fogo na Rua Sete de Setembro, onde havia aglomeração de pessoas e uma festa.

Os disparos seriam o desfecho de diversas brigas que ocorreram durante a noite. Dois rapazaes foram baleados. Não se sabe se eles tinham relação com as brigas ou foram alvo de balas perdidas.
A Brigada Militar compareceu ao hospital para ouvir as vítimas. O morador do Bairro Praia, Adair dos Santos Fazenda, 23 anos, disse que estava festejando a virada do ano e caminhava pela Rua Albertino Saraiva quando, ao passar próximo à Farmácia Popular, ouviu disparos e sentiu um queimor no quadril. O morador da localidade de Pinheiros, Kleber Silva da Silva, 32 anos, foi atingido na mão esquerda, também na Rua Albertino Saraiva. Ambos foram levados por amigos ao Instituto de Saúde e Educação Vida. Kleber precisou ser transferido de hospital e não pode dar depoimento à polícia. O Isev não passou informações sobre o paciente.
A Brigada Militar não tem registros dos outros dois momentos em que teriam ocorrido disparos no Centro. Também não há registros policiais de outras brigas.

Os outros disparos

Os primeiros tiros ocorreram na Rua Albertino Saraiva, ao lado da Farmácia Popular, quando os dois rapazes foram baleados. Cerca de dez minutos depois, teriam atirado para cima, em frente ao clube. Um homem teria apontado a arma para diversas pessoas e iniciado uma confusão. Posteriormente, efetuou mais três ou quatro disparos em frente ao clube.

Polícia Civil identificou autores dos disparos

O Delegado João Alberto Selig, titular em Arroio do Meio, está respondendo pela Delegacia de Polícia de Taquari durante as férias da Delegada Betina Martins Caumo. Ontem, ele conversou com o jornal. Segundo Selig, a Polícia Civil já identificou dois autores dos disparos e ouve testemunhas do caso. Os suspeitos também devem ser ouvidos nos próximos dias. A Polícia Civil não informou o nome deles.

“Não se vê a polícia”

Uma jovem de 22 anos que estava no local no momento dos tiroteios conversou com O Fato Novo. Com medo, ela preferiu não se identificar. “Na hora, eu estava perto da Farmácia Popular, me escondi em um pilar na frente do escritório de engenharia que tem ali do lado. Tinha gente se escondendo atrás de carro, se deitando no chão”, conta. Segundo ela, após os primeiros disparos, diversas pessoas ligaram para a Brigada Militar, que não esteve no local. “Passaram umas três vezes pedindo para baixar o som e depois quando precisava não vieram. Deu uns 10 minutos entre os primeiros tiros e o segundo, dava tempo de eles terem ido até lá”, relata.
Ela lembra que os tiroteios ocorreram por volta das 5h30, mas que também presenciou pelo menos cinco brigas durante a noite. A jovem diz que não se sente mais segura. “A gente sai na rua e não se vê a polícia. Parece que moramos no interior do interior e não que estamos no Centro da cidade”, desabafa.

Capitão da BM fala sobre a situação

O Capitão da Brigada Militar, Rogério Armando Bueno Hoffmann Filho, disse que não recebeu reclamações sobre a corporação não ter comparecido no local dos disparos. Segundo ele, quando a guarnição foi informada sobre o tiroteio, as vítimas já estavam no hospital e os autores dos disparos haviam fugido. As informações da BM dão conta de que um dos acusados fugiu em um Renault Clio prata e o outro em um Celta preto.
De acordo com o comandante da BM em Taquari, cerca de três policiais trabalhavam naquela noite. “Estamos trabalhando com o mínimo do mínimo. Chegou num ponto que não tenho mais como administrar, colocar mais policiais em um determinado dia, por causa de uma festa. O nosso efetivo está abaixo do mínimo”. Ele explica que não pode mandar os policiais ficarem parados nestas aglomerações de pessoas porque estaria descumprindo a regra de supremacia de força da Brigada Militar e poderia ser punido por isto. Conforme regimento da BM, os policiais precisam sempre estar em maior número, ou seja, um PM não poderia abordar uma pessoa, seriam necessários dois para realizar esta abrodagem.
O Capitão relatou que, enquanto não houver formação de novos policiais, não deve aumentar o efetivo taquariense, a não ser que haja articulação política para isto. “Posso garantir que em 2016 não haverá formação de policiais. Eu não vejo uma perspectiva de melhora, pelo menos não a curto prazo”, disse.
Para ele, além de aumentar o efetivo da BM, é necessário intensificar um trabalho de reeducação na comunidade, que pode ser feito nas escolas. “Todos sabem dos seus direitos, mas ninguém lembra dos deveres. Nós, policiais, não somos pais da população, para educar. A mãe e o pai não ensinaram o certo para o filho e depois quando ele faz algo errado todos cobram da gente”, diz.

Comissão de Segurança não se reúne há mais de cinco meses

O presidente da Câmara, Luís Porto (PT), também preside uma Comissão de Segurança Pública que se reunia mensalmente. Os encontros contavam com a participação de representantes da Brigada Militar, Grupo de Apoio à Polícia, Ministério Público, Polícia Civil, entre outros. As reuniões eram fechadas à imprensa, sob alegação de que tratavam estratégias que não poderiam ser divulgadas à população. No entanto, de acorco com Luís Porto, há mais de cinco meses o grupo não se encontra, porque não havia um promotor titular. Segundo ele, nos próximos dias deve ser marcada uma reunião.
Luís Porto também deve convocar as entidades que participarão do Conselho Municipal de Segurança Pública. Segundo ele, é o que falta para o colegiado entrar em ação, visto que a lei para sua criação foi aprovada em julho de 2015 pela Câmara de Vereadores. “Vamos tentar aumentar a força política para pressionar o Governo do Estado”, disse.

“Não vou assumir uma responsabilidade que é do Governo do Estado”

O Prefeito Maneco disse que tenta articular a vinda de mais policiais para Taquari, mas que, com os cortes de gastos do Governo Sartori, não há perspectivas de melhora na segurança no município. Questionado sobre a criação de uma guarda municipal, ele relatou que não há recursos para isto. “Não vou assumir uma responsabilidade que é do Governo do Estado. Já assumimos, transporte escolar e tantas outras coisas que deveriam ser pagas pelo Estado”, alegou.

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