Faltou futebol ao Pinheiros. O alvi-verde se defendeu bem, mas faltou criatividade, profundidade, faltou o gol e, por isso, o 25 de Julho vai para a volta, neste domingo, dependendo do empate para seguir adiante. Mas deu pra ver que o bicho não é tão feio assim. O clube de Cruzeiro do Sul tem uma defesa sólida e aposta nas saídas rápidas para surpreender o adversário. E contra um Pinheiros com oito desfalques, não conseguiu impor a sua estratégia. Se o Pinheiros mantiver a postura que teve aqui e melhorar um pouco a sua produtividade ofensiva, dá para sonhar com a classificação. Mas para isso, o alvi-verde terá que ser mais objetivo quando tiver a bola.
Outro detalhe importante que o Pinheiros terá que cuidar é a provocação dos jogadores e da torcida do 25 de Julho. No confronto daqui já deu para ver o tipo de tratamento que o alvi-verde terá em Cruzeiro do Sul. Ameaças do tipo “vocês terão que ir lá”, “vai ter a volta”, “lá vocês vão ver” foram frequentes. E num time jovem como é o do Pinheiros, isso pode afetar psicologicamente. Então, a comissão técnica e diretoria terão que ter trabalho dobrado e dar respaldo aos jogadores, porque a pressão será muito grande, pois o adversário parece ser daquele tempo que se ganhava futebol na marra e dando porrada.
Arbitragem muito ruim
Quem assistiu desde o início ao jogo do Pinheiros contra o 25 de Julho logo viu que o confronto não acabaria bem. O árbitro Odirlei de Quadros foi omisso, permitiu faltas fortes demais e até desleais de jogadores do clube de Cruzeiro do Sul. A torcida adversária, mesmo em menor número, fez muita pressão e até ameaçou arbitragem e jogadores do Pinheiros, tudo com a permissão do árbitro, que, surpreendetemente, não relatou nada na súmula.
Para piorar a atuação desastrosa de Odirlei de Quadros, um erro seu influenciou diretamente no placar final do jogo e resultou na expulsão de Pixena, principal zagueiro do alvi-verde. Eram jogados 28 minutos da etapa final quando Limão chutou forte, da entrada da área. A bola desviou em um atacante e subiu. No reflexo, o zagueiro Jonas estendeu a mão e, como se fosse um goleiro, espalmou a bola, pênalti claro, de concurso, que Odirlei de Quadros, que estava a menos de cinco metros do lance, não marcou. No contra-ataque, Pixena precisou matar a jogada e foi expulso. Se Odirlei de Quadros tivesse marcado o pênalti, o zagueiro Jonas é que deveria ser expulso. Além de ter a possibilidade de abrir o placar, o Pinheiros ficaria com dois a mais em campo. São erros como estes, absurdos, que fazem as pessoas desconfiar de que há algo por trás de algumas decisões.
Odirlei de Quadros é o mesmo árbitro que atuou na eliminação do Pinheiros contra o São Cristóvão, em Lajeado, no ano passado. Na ocasião, ele e seu auxiliar anularam um gol legal do alvi-verde, o que gerou uma confusão e o encerramento da partida aos 15 minutos da etapa final. Seis atletas do Pinheiros foram expulsos pela confusão.
Marcelo Araújo