“A cidade de Fazenda Vilanova será uma das mais bonitas da Região, com ruas e avenidas abertas. Os loteamentos legais vão alavancar o mercado imobiliário, atraindo as pessoas com poder aquisitivo apurado. As construções serão modernas e utilizarão, com ênfase, a energia solar. A cidade não vai ter rede telefônica convencional. Em 10 anos, a fibra ótica estará disponível nos loteamentos mais valorizados e nos órgãos públicos e comerciais”.
Estes eram alguns dos sonhos dos vilanovenses, descritos em 19 de outubro de 2005, e estavam em um baú, na prefeitura. A caixa foi aberta, na tarde da segunda-feira, 19 de outubro, no auditório da prefeitura, dentro da programação dos 22 anos de emancipação política do município. O evento teve a presença do vice-prefeito, Paulo Renato Wermann, que assumiu como prefeito por 15 dias, e abriu o baú; dos secretários municipais, vereadores, Leo Mota (PSD) e Coraci Gravina (PSB), representantes de entidades da época e atuais, diretores de escolas, entre outros.
O sonho descrito acima era de Egon Edgar Bauer, que atuava como secretário da Administração e Finanças, em 2005, e faleceu em 2012. Há 10 anos, ele, outros secretários municipais e representantes de entidades responderam às perguntas: “Como gostariam que sua entidade ou órgão estivesse daqui a 10 anos, quais suas metas, sonhos? Como pretende alcançar estas metas e o que seu grupo deverá fazer?”. Ele também imaginava que a receita municipal seria de R$ 20 milhões, porém, deverá fechar 2015 em R$ 17 milhões; que as áreas urbanas estariam 95% regularizadas, no entanto, a intenção da atual Admistração é encerrar o próximo ano com 85% dos lotes em áreas “clandestinas” encaminhados para o Judiciário para ser feita a regularização; e que o número de servidores seria idêntico ao da época, em 140, “considerando o emprego cada vez maior da informática e da mecatrônica”, justificou. Hoje o número é aproximadamente o mesmo.
Para o Legislativo, o presidente da época, Ildo Jorge Diedrich, previu a construção de uma sede própria para a Câmara, que os jovens estivessem preparados para entrar na política e pudessem contribuir para o crescimento do município.
Representantes das comunidades que escreveram os sonhos na época leram as projeções feitas naquele ano, como as escolas, que pediram melhorias, muitas delas já atendidas, como a colocação de computadores, reformas e ampliações. Conforme a secretaria da Educação, as entidades vão responder a novos questionamentos que deverão ser entregues até 27 de novembro e colocados no baú que será aberto daqui a 10 anos.