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Faleceu, no sábado, 4 de setembro, Júlio Celso Marques Rodrigues, 56 anos, em decorrência de câncer. Ele estava internado no Hospital Bruno Born, em Lajeado.
Júlio atuava como pastor titular na Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) no bairro Caieira. “O pastor Júlio Rodrigues foi um homem íntegro durante toda sua vida. Foi um exemplo de fé e de sabedoria. Nunca deixou-se abalar com os problemas e dificuldades da vida, nunca alimentou inimizades, tinha um coração amoroso e só fazia o bem ao próximo. Como diz o versículo que está na Bíblia em 2° Timóteo 4:7 –“ Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a Fé.” Pastor Júlio viveu dentro dos ensinamentos de Jesus até o fim, cumpriu seus mandamentos e hoje descansa nos braços de Deus”, ressalta o filho, Renan Rodrigues.
Natural de Taquari, filho de Antônio José Rodrigues e Clesinha Marques Rodrigues, era casado com Maria Lúcia dos Santos Rodrigues, há 35 anos, com quem teve os filhos Rosele dos Santos Rodrigues, 36 anos, Renan dos Santos Rodrigues, 32, e Misael dos Santos Rodrigues, 27 anos. Deixa cinco netos e os irmãos Dorilda, Cleo Osni, José Sebastião, Sérgio Miguel, Paulo Celso, Jorge Sidnei, Silvane.
Trabalhou desde cedo. Aos 12 anos era vendedor ambulante de picolé na antiga Sorveteria Xodó, localizada no bairro Prado. Depois foi cobrador de ônibus na Empresa Fátima Transporte e Turismo e, em 1985, começou sua trajetória na extinta empresa Defensa/Milênia (atualmente Adama), onde permaneceu empregado por 26 anos e chegou ao cargo de operador sênior. Após seu desligamento, trabalhou por um curto período de tempo na Masisa, em Montenegro, como operador líder, até se aposentar no ano de 2013.
A vida religiosa teve início no ano de 1989, quando participou da “Cruzada de fé”, campanha realizada pelo pastor Isaías Figueiró. Pastor Júlio converteu-se ao evangelho e foi batizado no dia 1º de abril de 1991 pelo pastor Celso Cezimbra e, a partir de então, começou sua trajetória na Igreja do Evangelho Quadrangular, onde foi presidente do diaconato, obreiro, pastor aspirante. Atuava como pastor titular dessa igreja no bairro Caieira desde 3 de abril de 2010, quando foi empossado.
Como atividade de lazer, jogava futebol e fazia desse esporte a sua principal atividade física. Também gostava de jogar vídeo-game com os filhos e netos, jogar pingue-pongue e dominó; de viajar, do litoral, de dirigir, de pescar e amava os animais.
Foi velado na Câmara de Vereadores, e o sepultamento ocorreu no cemitério dos Almeida, em Taquari.
Após transplante, Júlio lutou contra câncer
Pastor Júlio descobriu um problema renal há aproximadamente 15 anos, tratou inicialmente com medicação, mas, devido ao agravamento do caso, teve que passar por hemodiálise, o que durou 2 anos e 7 meses. Em junho de 2018, recebeu um rim por transplante. Porém, 15 dias após o procedimento cirúrgico, teve complicações e precisou retornar ao hospital, passou por outras três cirurgias e transfusões de sangue. Por 26 dias ficou internado no hospital, entre a UTI e o quarto, recuperou-se e retornou para casa. Teve, então, uma vida normal, sem restrições, mas tomando todas as precauções com as medicações e alimentação para manter o rim transplantado em perfeito funcionamento.
Em julho de 2021, começou a sentir dores muito fortes no quadril. Em consulta com um traumatologista, foi identificado um desgaste ósseo e, em novos exames, diagnosticado câncer ósseo. Foram dois meses de luta contra a agressiva doença. Ficou internado cinco dias no Hospital Bruno Born, em Lajeado, vindo a óbito no dia 4 de setembro.
