O Fato Taquari Jornal On-Line
Polêmica à vista em Tabaí quanto ao fato de o ensino médio ser oferecido à população pelo município. Desde a sessão legislativa do dia, 07, a situação passou a ser questionada pelo vereador Pedro Araújo, atual presidente do Legislativo, que afirma que os recursos despendidos para cobrir esses gastos deveriam ser aplicados em outras necessidades, como, por exemplo, em mudanças e melhor organização administrativa e pedagógica da educação municipal, uma vez que esse nível educacional, constitucionalmente, não é obrigação do Município e sim do Estado. Nesse sentido, Araújo teve, na citada sessão, aprovado um requerimento solicitando ao prefeito qual o impacto financeiro do orçamento do município para manter o ensino médio, incluindo folha de pagamento de professores, manutenção, energia, limpeza, entre outras despesas fixas. No documento, o legislador questiona o Executivo se há possibilidade de interrupção, em breve período, da oferta do ensino médio pelo município de Tabaí e destaca que, no Brasil, os municípios são responsáveis por fornecer a educação de base, ou seja, creches até 3 anos, pré- escola (educação infantil: 4 e 5 anos) e o ensino fundamental (7 a 14 anos). Na tribuna, ele afirmou ter informações que o impacto na folha de pagamento com professores chega a R$ 400 mil por ano.
Aplicar em Educação é investimento e não custo, diz o prefeito
O Fato ouviu o Prefeito Arsênio Cardoso sobre as afirmações e questionamentos de Pedro Araújo. Ele considera ser bom o questionamento, até porque se vive em uma democracia. “A viabilidade do ensino médio aconteceu quando por 2005, 2006 começou a ser notado um déficit muito grande na Educação e o custo do ensino médio é o mesmo do fundamental.” Questionado pela reportagem sobre qual seria o valor gasto com o ensino médio, afirmou que não podia precisar naquele momento, mas que o professor do ensino médio é o mesmo do fundamental. Sobre por que manter o ensino médio, que não é obrigação do município, Cardoso disse entender, baseado em lei, que todo município pode fazer esse tipo de serviço. “Eu vejo o ensino médio para nós como uma ajuda a fim de que tenhamos mais matrículas no município, o que oportuniza conquistar mais verbas, no contexto da Educação, tanto é que hoje temos um superávit em termos de verbas em virtude de atender. Nós, hoje, estamos cumprindo o que a nova lei do Fundeb nos estabelece.” Arsênio ainda citou que o município criou vários cursos, e que aplicar em Educação não é gasto e sim investimento. Destaca que o município também tem uma boa escola estadual e que os alunos podem escolher onde querem estudar. Além disso, nota que o ensino médio viabiliza o fundamental, em termos de custo, inclusive, com transporte.
Segundo a secretaria de Educação de Tabaí, atualmente no Ensino Médio, na Escola Municipal Carlos Gomes, há 39 alunos matriculados.
Segundo apurou o jornal O Fato, o ensino médio, nos demais municípios onde o jornal circula, Taquari, Paverama e Fazenda Vilanova, é oferecido somente pelo Estado.
