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Excesso de tempo com jogos e internet deve ser combatido com acompanhamento da família e diálogo

O distanciamento social e a redução nos afazeres escolares promoveram um aumento de interesse por parte de muitas crianças e, especialmente, dos adolescentes, pelos jogos on-line. Com a restrição das saídas de casa, essa foi uma alternativa encontrada para manter o contato com os amigos e colegas. Mas, na contramão disso, as famílias estão sofrendo para estabelecer um limite de uso na geração que cresce com o celular na mão.
“Já existe uma diferença sensível entre esta geração que hoje está com 20 e 25 anos e a que está entrando no ensino fundamental, de adolescentes  e pré-adolescentes. Exatamente por conta deste divisor de águas, é a entrada da internet numa proporção quase que diária na vida das crianças. Isso tem mudado a forma de perceberem o mundo, a velocidade com que adquirem as informações, o tempo de espera para as coisas, o nível de irritabilidade”, explica a psicóloga, Cláudia Gringe, que falou com pais de estudantes da rede do Centro de Ensino Médio Pastor Dohms, na semana passada, através de uma transmissão ao vivo, disponível no canal da direção geral do educandário, no You Tube.
A psicóloga destaca a importância de as famílias estarem atentas ao que os filhos jogam e consomem na internet, que pode trazer à tona sentimentos, como a irritabilidade, represada na criança e no adolescente, e que é necessário diálogo e acompanhamento do que acontece junto às telas.  “A família precisa sentar ao lado e observar o que está sendo jogado, nem que seja para fazer um comentário questionador. Não demonizo a internet, muito pelo contrário. Ainda bem que temos, porque muitas pessoas sobreviveram à  pandemia graças à  internet. Acontece que o grande problema é a família que deixa as coisas acontecerem sem nenhum tipo de supervisão. A responsabilidade disso não é dos adolescentes e das crianças, que continuam sendo tão crianças e adolescentes quanto nós éramos em gerações anteriores. Os pais estão preocupados ,  com toda a razão, mas isso só pode ser combatido com acompanhamento e diálogo, não tem outra solução.”
Sem a supervisão dos pais e com o acesso fácil à internet e aos jogos, que podem ser adquiridos apenas com o número do cartão do crédito, muitos pais não têm noção do que as crianças estão assistindo. “Eles entram pra assistir um canal com atos engraçados, quando vemos, pulam, de um momento para o outro, para canais que ou estão com histórias de terror que apavora e ao mesmo tempo fascina e eles adoram, ou com vocabulário completamente inapropriado. O filtro disso tem que ser do pai e da mãe, porque cada família cria o seu filho de acordo com seus próprios valores. Nenhuma família pode permitir que seja um youtuber quem  vai definir quais são  os valores do seu filho”, afirma.
O diálogo é outro ponto fundamental e deve iniciar desde a primeira infância. “Digo, sem nenhum medo de errar: as crianças e adolescentes vivem melhor quando sua família consegue conversar com elas. Não é fácil, também sou mãe. É necessário pelo menos procurar aqueles horários em que a conversa fique um pouco mais facilitada e tenha a oportunidade de questionar sobre o que eles estão fazendo, jogando ou pensando”. Cláudia faz um alerta sobre quem pode estar falando com as crianças e os adolescentes. “Não adianta achar que não precisa dar uma pequena explicação para cada coisa que  acontece, que não precisa negociar, dialogar. Isso hoje tem que acontecer desde muito cedo. Se você hoje não conversar com o seu filho, ele tem uma oferta infindável de youtubers na internet para conversar com ele. E quem vai educá-los são esses youtuber porque você, absolutamente, não controla, quais canais seu filho está assistindo no you tube.”
O tempo dedicado aos recursos tecnológicos deve ser negociado. Mas neste período de pandemia, ela salienta, está difícil de estabelecer.  “Muitas crianças e adolescente estão mantendo seus relacionamentos sociais através dos jogos e da internet. Estamos num momento de exceção.”
No período considerado normal, é necessário programar o tempo de descanso, além do sono, e da realização das tarefas escolares. “O ideal mesmo é que ele nem jogue porque tem outras coisas para fazer. Mas se seu filho é espetacular na escola, está com as notas ótimas, e acha que não prejudica de maneira nenhuma, não vejo possibilidade de ser mais de uma ou duas horas de jogo. Quando ele ficar mais velho, depois que faz 20 a 21 anos, e mora ainda com você, não será mais possível dizer para ele não jogar. O ideal é limitar o máximo isso quando ele é menor.”
A tecnologia é um caminho sem volta e o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. No entanto, Cláudia ressalta a importância de criar profissionais que tenham inteligência emocional. “O mercado exige pessoas extremamente habilitadas tecnologicamente, mas exige, principalmente, pessoas com as suas habilidades socioemocionais preservadas. Onde o computador não puder atuar, a capacidade de se relacionar das pessoas é o que vai preponderar. Se você pretende criar um filho competente para o futuro, enfrentar o que vem pelo mundo, dê a ele condições de se frustrar, de suportar se relacionar com as pessoas e de terem o que se chama de inteligência emocional. O que nenhum joguinho pode ensinar a seu filho é se relacionar,  e essa vai ser a habilidade mais importante que ele vai ter na vida dele”, diz.

Dicas

Converse com seu filho e acompanhe o que ele vê na internet e o que está jogando.
Eles devem ficar inacessíveis pelo menos 40 minutos antes de dormir. A luminosidade interfere na qualidade do sono.
Ofereça outras atividades, como jogos com materiais alternativos, esportes ao ar livre e passeios. Na internet, há uma série de atividade que podem ser feitas com o filho, com material alternativo, como garrafa pet.
Observe o que seu filho mostra e o que ele esconde. Eles sabem o que é certo e o que é errado. Estar de madrugada, no quarto com a luz acessa no jogo eletrônico, ele está fazendo isso escondido. Observe o motivo, entre e olhe, peça para  parar e pergunte por que está fazendo aquilo; o que escondem da gente é  muito importante e sabem que é  algo  está errado.
Estabeleça um cronograma de funcionamento do dia, de modo que o filho tenha que reconhecer que o uso é inviável. Organize a rotina de acordo com os compromissos. Todas as pessoas devem ter compromissos, desde pequeninos.

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