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Artesã de Taquari é classificada para etapa estadual de concurso de lã ovina

A Emater-RS/ASCAR está organizando o 1º Concurso Virtual de Artesanato em Lã Ovina, promovido pela secretaria estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). No dia 20 de novembro, ocorrerá o julgamento da última etapa do certame que objetiva valorizar o artesanato em lã ovina, estimular a produção de peças e favorecer e reconhecer as atividades realizadas em casa, especialmente em períodos de pandemia.
O Vale do Taquari estará representado pelas artesãs Teresinha Borelli Vitorazzi, de Progresso, Sueli Bayer Korte, de Westfália, e Ana Maria Rosa, de Taquari, que venceram as etapas municipais e microrregionais.
A avaliação está dividida na s categorias acessórios (bolsas, cintos, colares, brincos e pulseiras), mantas (qualquer tamanho), xergão (de no mínimo 70 a, no máximo, 90 centímetros), poncho, colete, blusão e casaco. “A peça mais bonita de cada modalidade será a vencedora, e o artesão receberá um certificado”, explica a extensionista Social da Emater/RS-Ascar, Elizângela Teixeira.
A agricultora de Taquari, que reside em Amoras, diz que está feliz pela oportunidade de representar o município. “Chegar neste ponto está muito bom; me  acho muito bem e é um compromisso. Ta bacana do jeito que preparamos a peça para representar o nosso município”, diz a artesã Ana Maria, que preparou um bolero, fazendo o fio, o tingimento, a peça no tear. Nas etapas anteriores, ela concorreu com peças que já estavam prontas, o que é permitido no regulamento. Foram produzidos vídeos e enviados à organização. Na primeira fase, foi uma riana feita à  mão com a peça fabricada no tear de pente liço, com tingimento natural, feito com água de feijão. Na fase regional, ela fez um poncho, também no tear de pente liço, na cor marrom, com acabamento e crochê, bordados à mão, tingidos com corantes e casca de açoita- cavalo.
Ana Maria conta que aprendeu a fazer este tipo de artesanato há cerca de 28 anos, quando a Emater-Rs/Ascar promoveu um curso junto ao grupo de mães da localidade. A extensionista da época, Renilda Martins, ensinou a fazer o trabalho no tear. “Fizemos os primeiros pontos e eu gostei muito. Ela deu a oportunidade de comprar o tear, eu comprei e comecei a fazer com lã comprada. Com a ajuda do Sindicato Rural, conhecemos o Senar (Serviço Nacional da Aprendizagem Rural), que dava curso de lã de ovelha. Aprendi a lavar,  fazer o fio, o tingimento natural, até fazer as peças.
A etapa final do concurso, que ocorre virtualmente, será no dia 20 de novembro.

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