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Em uma semana, três óbitos com Covid-19 em Taquari

A segunda semana de setembro de 2020 marca uma triste estatística. As famílias de três taquarienses estão enlutadas em decorrência do coronavírus: dois homens, de 43 anos e 71 anos, e uma mulher de 93 anos. Esse foi o maior número de vítimas fatais pelo vírus, no município, em uma semana. Taquari registra nove óbitos por covid-19, desde 6 de junho, quando ocorreu a primeira morte. Em 10 dias de setembro foram quatro óbitos.
Uma das vítimas desta semana é Júlio César Rosa da Silva, que completaria, amanhã, 12 de setembro, 44 anos. Ele foi hospitalizado na sexta-feira, 28 de agosto, e com o agravamento do quadro, faleceu oito dias depois, na sexta-feira, 4 de setembro.
“Ele se preocupava muito com o serviço dele para não deixar ninguém na mão e, quando chegou a nos falar, já estava muito doente”, lembra a filha, Aline Marques, 21 anos.
Para agilizar o atendimento, a família pagou uma consulta. “Na sexta-feira, pela manhã, ele fez um raio x. Quando a mãe levou o exame, o médico disse pra levar ele urgente para o hospital, que tinha que baixar porque tava com uma pneumonia muito grave.
Quando o pai chegou lá, o médico do plantão pediu uma tomografia e viu que era o Covid-19”, conta Aline. Naquele momento foi realizado um teste rápido, porém deu resultado negativo. “Deixaram o pai baixado e fizeram o exame do cotonete (RT-PCR), mas ainda não veio o resultado. Na quarta-feira, o pai estava muito ruim no quarto e nos chamaram lá pra buscar as coisas dele porque levariam para a UTI. Como o teste não tinha vindo, fizeram outro teste rápido, que deu positivo. Não   sabemos se ele tinha ou, como estava debilitado, pode ter pegado depois”, diz a filha, que também fez o teste RT-PCR e recebeu o resultado negativo.
A família de Júlio ainda está sem entender toda a situação porque, depois da confirmação do diagnóstico, foram apenas dois dias até o óbito e ele nem apresentava problemas de saúde, além de tomar medicamento para controlar a pressão arterial. Esposa e filha não sabem como ele pode ter contraído o vírus. “Só trabalhava e andava de bicicleta todo dia. Um cara novo, fazia exercício, não tinha problema de saúde nenhum. ´É coisa que não tem explicação. Foi muito rápido mesmo”, lembra Aline. A família não teve tempo nem de se despedir. “A única coisa que eu pude fazer foi colocar uma manta do Inter em cima do caixão, na hora de enterrar, e mais nada”, lamenta a filha.
A família de Júlio César destaca a atenção recebida no atendimento no hospital São José, de Taquari. “Agradecemos muito doutor Alexandre. Ele é muito humano; sempre nos informava sobre as providências que tomaria e o estado de saúde, era muito atencioso com a gente”, diz

“As pessoas comentavam que nem parecia que ela tinha 93 anos”  

A família de Jurema Porto Nunes, 93 anos, também está enlutada. Ela morava com dois filhos, no pequeno condomínio da família, onde há três residências, e estava em isolamento. Porém, um dos filhos saía para resolver as questões cotidianas e acabou contraindo o vírus. Ele precisou ser internado, permaneceu por cinco dias, mas já foi liberado e passa bem. Apesar de ter entrado com 80% do pulmão comprometido, não precisou ser intubado. Poucos dias depois, a filha de Jurema, com mais de 70 anos, mas sem comorbidades, apresentou os sintomas e, pelo agravamento, precisou ser internada. Como a UTI do Hospital São José estava lotada,  foi transferida para o Hospital de   Estrela, onde permanece intubada. Um dia após a internação da filha, foi a vez de Jurema ser hospitalizada. Exatamente no dia em que o filho estava chegando em casa, ela estava sendo levada para o hospital, ficando internada por 13 dias e veio a falecer  na segunda-feira, 7 de setembro, no Hospital de Taquari. “A gente tinha medo, desde o início, porque o grupo de risco aqui era bem grande por causa dos idosos e dos que têm comorbidades. Ela era muito ativa, super lúcida. As pessoas comentavam que nem parecia que ela tinha 93 anos, porque se locomovia sozinha, muita lucidez e não precisava de ajuda”, conta um familiar que prefere não se identificar.
Porém, o covid-19 apresentou o seu lado mais grave e afetou, além do sistema respiratório, o nervoso central, causando confusão mental, perda do equilíbrio e fala desconexa. “Todos esses sintomas apareceram junto com os sintomas do covid-19. É tudo muito rápido. Eles entram falando e vem a tomografia com o comprometimento de 90% do pulmão”, diz o familiar.
Além da doença física, o psicológico das pessoas também fica muito abalado. “Porque sabemos o risco que corremos de pegar, mas ao mesmo tempo, são os nossos familiares que precisam de cuidado. Começa a passar água sanitária em tudo, lava roupas, roupas de cama o tempo todo. Isso destroça a família neste sentido também porque ou se está muito preocupado que eles não piorem, ou nesta loucura de higienização para que ninguém mais pegue. Se eu não tiver covid, vou ter, com certeza, alguma doença psicológica que estou desenvolvendo porque somos tomados por um pavor. Qualquer um que espirra do meu lado, já pergunto o que mais está sentindo, uma loucura, um medo de chegar no hospital e não dar tempo de receber o atendimento necessário.”
A família de Jurema vai colocar uma placa na frente da casa, reforçando a necessidade de usar máscara para entrar no condomínio. “Estou muito preocupada, não com a nossa família, mas que outras pessoas não passem o que a gente passou, é muito triste. A pior coisa que passei na minha vida foi agora, nos meus quase 50 anos”, lamenta.

Relação de óbitos de taquarienses por/com Covid-19 (*)

Dia 6 de junho, mulher, 83 anos, no Hospital Ernesto Dornelles, Porto Alegre.
Dia 12 de junho, homem, 71 anos, internado no Hospital de Clínicas, Porto Alegre.
Dia 4 de julho, homem, 79 anos, no Hospital São José, de Taquari
Dia 10 de agosto, homem, 66 anos, Hospital São José
Dia 26 de agosto, mulher, 77 anos, no Hospital São José
Dia 2 de setembro, homem, 64 anos, Hospital São José
Dia 4 de setembro, homem de 43 anos, Hospital São José
Dia 7 de setembro, mulher, 93 anos, Hospital São José
Dia 9 de setembro, homem 71 anos, Hospital São José.

(*) Registrados pela Prefeitura de Taquari

 

Diminui número de casos ativos de coronavírus

COVID - TABELA 01Até a tarde de ontem, Taquari registrava 62 casos ativos de coronavírus, ou seja, de pacientes confirmados com a doença e que estão cumprindo os 14 dias de isolamento. Há duas semanas, eram 126 casos ativos.
Taquari registra 597 diagnósticos positivos de coronavírus, desde 30 de março, quando foi identificado o primeiro paciente infectado. Desses, 526 estão recuperados, conforme dados da Prefeitura de Taquari. Na última semana, foram 56 novos pacientes. Há 70 casos suspeitos aguardando o resultado de testes e 600 pessoas sendo monitoradas.
A UTI Covid-19 do Hospital São José, de Taquari, está com 70% de ocupação. São dois pacientes Sapiranga (dois homens, 67 e 50 anos), dois de Cachoeirinha (dois homens de 50 e 66 anos), um de Alvorada (homem de 73 anos) e dois de Taquari (duas mulheres, de 47 e 73 anos).

COVID - TABELA 02

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