Realizada desde 1988, no Rincão São José, em Taquari, a Romaria de Nossa Senhora da Assunção, que ocorreria no próximo domingo, foi cancelada como medida de prevenção ao contágio do coronavírus. Em 2009, durante a pandemia da gripe H1N1 a mesma medida foi adotada.
Somente pelas questões de saúde é que a Romaria , maior evento religioso da região, reunindo cerca de 20 mil pessoas, no final de semana, realizada há 33 anos, deixa de acontecer.
Para evitar a aglomeração de pessoas, um decreto municipal foi publicado no dia 31 de julho, proibindo circulação de pessoas no Santuário nos dias 15 e 16 de agosto e determinando a realização de missas apenas pelo sistema on-line (lives), limitada à presença física dos celebrantes, auxiliares e equipe técnica, com até cinco profissionais. Também está proibida a aglomeração de pessoas e o exercício do comércio ambulante, de qualquer gênero, num raio de três quilômetros do Santuário.
Para celebrar o dia de Nossa Senhora da Assunção, está ocorrendo a arrecadação de alimentos a serem distribuídos a famílias. Na entrada do pátio do Santuário, há um coletor de doações.
Amanhã, dia 15, haverá missa no Santuário, às 15 horas, e no domingo, 16, às 9 horas, na Igreja Matriz São José, com transmissão pela rádio Fraternidade, FM 98.9, e redes sociais da igreja.
Também no domingo, 16, o santuário estará aberto e a imagem colocada à frente para ser apreciada, da rodovia, pelos devotos que poderão circular nos veículos e fazer a prece.
A devota de Nossa Senhora da Assunção, ngela Oliveira, 58 anos, que há cinco anos percorre as comunidades da paróquia São José de Taquari e Tabaí, acompanhando a imagem, e no dia da Romaria, participa da missa e, de joelhos, vai da entrada do santuário até o altar, diz que sentiu muita falta de programação que antecede a Romaria, e que no próximo domingo pretende ir até o santuário, de carro, para não deixar a data passar em branco. “Fiquei angustiada, mas neste ano tá difícil por causa da pandemia. Fiquei muito triste porque já temos as amizades. Estou reforçando a oração para compensar este ano que não poderemos fazer a caminhada”, conta. Ela diz que tem, também, procurado atuar nas ações sociais nas comunidades mais vulneráveis. “Ajudar mais o próximo foi a forma de ajudar, como não pode estar indo na igreja, que acredito útil.
O coordenador do Santuário, frei João Sulzbach, salienta dois pontos: não é necessário todos fazerem a caminhada em um dia e a importância da união das pessoas neste momento. “Cada um manifeste sua fé e sua gratidão, principalmente, os devotos de Maria, dentro deste momento de dor e de sofrimento que estamos vivendo. Não precisa fazer a caminhada todo mundo no dia 16, mas que seja silenciosa, nos unindo na dor e refletindo sobre esta realidade que a humanidade está passando, tanto pelos que morrem, pelos que lutam pela vida, como pelos que estão indiferentes”.
Para não deixar de fazer a caminhada, uma tradição desde o primeiro ano do evento, a professora Margarete Rodrigues da Silva, sua irmã, Maria de Fátima, e a prima, Venilda Coimbra, fizeram o percurso na tarde da terça-feira, 11 de agosto. Elas preferiram fazer a romaria durante a semana, evitando estar no santuário no próximo domingo.
Programação
Missas sem a presença de público, com transmissão pela rádio Fraternidade, FM 98.9, e pela rede social do santuário e da Igreja São José, no dia 15, no Santuário, às 15 horas, e, no domingo, 16, às 9 horas, na Igreja Matriz São José.