O Fato Taquari Jornal On-Line
O Governador do Estado anunciará, nesta sexta-feira, 17 de julho, a cor das bandeiras que deverão estar em vigência no estado na próxima semana, dentro do sistema de distanciamento controlado, implantado desde 11 de maio no Rio Grande do Sul.
O Vale do Taquari tem como referência Lajeado, formando a região R29 e R30, e está sob a cor laranja há nove semanas, mas corre um grande risco de passar para vermelha. Na semana anterior, quando ocorreu a 10ª rodada das bandeiras, o Vale obteve uma média ponderada de 1,44, que, no arredondamento, passa para média 1, e manteve-se na classificação de risco médio de contaminação do coronavírus. Médias acima de 1,50 são arredondadas para 2, o que classifica com risco alto, ou seja, bandeira vermelha.
As médias são apuradas com base no acompanhamento semanal de 11 indicadores, entre eles, o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias; a projeção de número de óbitos para o período de uma semana para cada 100 mil habitantes e o número de leitos de UTI livres no último dia para atender Covid-19. Nestes itens, a região teve aumento, tanto de internações como nos óbitos. Até a tarde desta quinta-feira, 16 de julho, na região, eram mais de 90 leitos de UTI para Covid-19 ocupados e três óbitos (ocorridos na última semana).
A possibilidade de entrar em bandeira vermelha, o que atinge as atividades econômicas, mobilizou os prefeitos da região na última semana. Conforme o prefeito de Taquari, Emanuel Hassen, o Maneco, até esta quinta-feira, os números apontavam para um índice de 1,94, considerado de alto risco. Eles estão buscando, junto ao Governo do Estado, uma revisão dos quesitos do cálculo das hospitalizações em UTIs, para que leve em consideração a região de residência do paciente. “Os leitos ocupados de UTI, 58% são de pacientes de fora da região. Não podemos ser prejudicados justamente por ter aberto os leitos”, disse. No caso do Hospital de Taquari, na tarde de ontem, havia apenas um paciente do município dos quatro internados. Maneco acredita que poderá reverter essa situação. Ele (o governador) disse que não iria considerar, mas considerou na semana passada e, por enquanto, continua considerando”, afirma o prefeito.
Mesmo conseguindo reverter esta situação, é necessário aguardar o fechamento dos números até a divulgação preliminar da bandeira. “Acredito que vamos bater na trave de novo. Estamos acompanhando os números todos os dias”, diz. Outro ponto que causa apreensão é o número de óbitos. Na sexta-feira, 10, o Estado reconheceu três óbitos ocorrido naquela semana e que poderão fazer parte do índice dos próximos dias se não for levado em conta a data de ocorrência.
Após a divulgação das bandeiras que prevalecerão na semana de 21 a 27 de julho, as Associações de Municípios terão um prazo para apresentar recurso. A definição das bandeiras da semana de 21 a 27 de julho, por parte do governo do Estado, é divulgada na segunda-feira, 20. No mapa em vigência nesta semana no estado, das 20 regiões, 10 estão sob bandeira vermelha e 10 sob a amarela.
O que muda com a bandeira vermelha
Durante a bandeira vermelha, que significa risco alto de contaminação para o coronavírus ou o esgotamento da capacidade do sistema de saúde, os setores econômicos precisam fazer ajustes. Os mais atingidos na mudança da amarela para a vermelha são o comércio e serviços de alimentação.
