O Fato Taquari Jornal On-Line
Dados acumulados até a tarde de ontem apontam que, dos 133 casos positivos de Covid-19 de Taquari, 74 são considerados curados, o que corresponde a 55,63%.
Uma paciente que enfrentou a quarentena com resultado positivo da doença foi a monitora de qualidade, Marieli Rosa da Silva, 35 anos. Ela conta que sentiu medo durante os dias de isolamento. “Quando eu descobri, me assustei bastante. Com o passar dos dias, fui ficando mais tranquila. Não tive sintomas. Quando me liberaram, e pude ver os meus filhos, foi um alívio , assim como ter passado bem. Toda manhã, acordava com medo de ter algum sintoma ou de ter passado para alguém da família”, conta. Outro momento difícil foi no domingo do Dia das Mães, que teve que passar longe dos dois filhos. “O melhor foi ter passado estes dias bem e no final poder ver meus filhos”, destaca.
Dos pacientes diagnosticados com Covid-19 em Taquari, grande parte foi assintomática e poucos precisaram de internação hospitalar. Até a noite de ontem, Taquari tinha 59 casos considerados ativos de coronavírus.
Entre a sexta-feira, 22 de maio, e ontem, foram 25 novos casos, sendo cinco de taquarienses que trabalham na BRF Foods e 15, na Minuano, frigoríficos de Lajeado, e cinco de contágio comunitário. Outros dois casos suspeitos aguardam resultado do Laboratório Central do Estado (Lacen). Outras 270 pessoas são monitoradas.
Testes de recontaminadas têm resultado negativo
A Prefeitura informou que foram negativos os resultados dos testes dos dois funcionários de frigoríficos suspeitos de terem sido recontaminados por coronavírus. No entanto, eles seguem cumprindo quarentena para atender o protocolo da empresa, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público de Lajeado.
“Foi bem tranquilo porque eu já sabia que não estava com o vírus, pois eu trabalhei normal até o dia em que a empresa fez esse outro teste. Mas por protocolo tive que ficar em casa de novo , para terem certeza. O médico (da empresa onde trabalha) já havia me explicado que o vírus fica no corpo e, sempre que eu fizesse teste rápido, apareceria”, comenta um dos pacientes.
Os trabalhadores foram diagnosticados com Covid-19 em abril, cumpriram quarentena e retornaram ao trabalho. Há duas semanas, após as empresas frigoríficas onde trabalham aplicarem testes rápidos em todos os funcionários, eles voltaram a ter resultado positivo para coronavírus. A secretaria municipal da Saúde de Taquari realizou o teste PCR, com análise do Laboratório Central do Estado (Lacen), que deu negativo.
Estado passa a considerar, para cálculo da bandeira, apenas casos de Covid-19 com internação
O Governo do Estado implantou o sistema de distanciamento controlado há três semanas para definir os protocolos que serão adotados pelos setores da economia, por região, a fim de ter um controle da disseminação do vírus e evitar uma sobrecarga no sistema de saúde.
Com base em 11 indicadores, apurados semanalmente, são definidos quatro níveis de risco: baixo, indicado pela cor amarela; médio, pela laranja; alto, pela vermelha e altíssimo, pela cor preta. Aos sábados, no final da tarde, no site do distanciamento controlado do Governo do Estado (distanciamentocontrolado.rs.gov.br), é anunciada a cor da bandeira para a semana seguinte em cada uma das 20 regiões, levando em consideração, entre outros, o número de internações hospitalares, de pacientes com Covid-19 ou não e número de óbitos nos últimos sete dias.
A região de Lajeado, formada por 37 municípios, entre eles, Taquari, Tabaí, Paverama e Fazenda Vilanova, começou com a bandeira vermelha, mas passou para a laranja há duas semanas.
O coordenador adjunto da Coordenadoria Regional de Saúde, Ederson Rocha, explica que o aumento na disponibilidade de leitos de UTI, feita pelo hospital de Estrela, foi determinante para a reclassificação naquele momento.
Somado a isso, nas últimas semanas, o Governo do Estado alterou dois critérios de apuração dos índices. Deixou de considerar o número de casos Covid-19 diagnosticados (internados ou não) e passou a utilizar apenas o de pacientes internados com o vírus. No modelo anterior, as regiões que faziam mais testes para apurar a realidade da pandemia acabavam sendo enquadradas num nível mais grave das bandeiras. “Este é um critério mais justo para o trabalho que a gente vem fazendo, rastreando a população em busca de um controle do vírus. A nossa prioridade é salvar vidas. Embora a bandeira (vermelha) estivesse prejudicando, a gente estava priorizando a prevenção e o monitoramente com o intuito de salvar vidas. Com este novo critério, trabalhamos até com mais intensidade para não sermos prejudicados nas próximas bandeiras”, afirma. Ele destaca o exemplo de Taquari, que aparece em 15º lugar nos municípios com mais casos no Estado (112 reconhecidos) porque aplicou um grande número de testes. “Tem muitos casos porque testa bastante. Olha o controle que conseguiu se fazer”, diz.
A outra mudança é quanto à origem do paciente internado. O coordenador adjunto explica que a definição do leito para onde o paciente é levado depende da regulação da central do Estado, que considera, entre outros, a necessidade de cada um e a demanda. Com isso, pacientes de outros municípios internados em Lajeado entravam no cálculo da região. Com a alteração no critério, passam a ser contabilizados para a região na qual a cidade dos pacientes está inserida.
Ederson diz que a coordenadoria está trabalhando no monitoramento e prevenção. “Estamos junto dos municípios, hospitais e sistemas de saúde fazendo todo o trabalho de prevenção e monitoramento para que se consiga ficar na bandeira laranja ou melhorar, mas não podemos garantir que vai acontecer.”
Dados utilizados para contabilizar para definir a bandeira
– Nº de hospitalizações confirmadas para COVID-19 registradas nos últimos 7 dias
– Nº de hospitalizações confirmadas para COVID-19 registradas nos 7 dias anteriores
– Nº de internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em UTI no último dia (mun. do hospital)
– Nº de internados por SRAG em UTI há 7 dias atrás
– Nº de internados em leitos clínicos Covid no último dia
– Nº de internados em leitos clínicos Covid há 7 dias atrás
– Nº de internados em leitos de UTI Covid no último dia
– Nº de internados em leitos de UTI Covid há 7 dias atrás
– Nº de casos ativos no último dia
– Nº de casos recuperados nos últimos 50 dias
– Nº de óbitos nos últimos 7 dias
– Nº de leitos de UTI disponíveis no último dia
– Nº de leitos de UTI disponíveis há 7 dias atrás
Duratex doa 40 toneladas de materiais para Hospital
A empresa Duratex/Deca, produtora de painéis de madeira industrializada e pisos, louças e metais sanitários, entregou, nas últimas semanas, uma grande doação de materiais para o Hospital São José, de Taquari, cidade na qual está localizada uma das unidades da empresa. Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura, são mais de 40 toneladas de piso, azulejos, louças, madeiras e outros, para fortalecer a infraestrutura e o atendimento na instituição. Os materiais serão utilizados na reforma do Centro Cirúrgico e na reestruturação de quartos e demais espaços da casa de saúde.
O prefeito Maneco, através da assessoria de imprensa, destacou a iniciativa. “A Duratex, há muitas décadas, vem sendo motivo de orgulho para todos os taquarienses. Depois de dialogar conosco e testemunhar as obras que estamos realizando no hospital, a empresa decidiu contribuir com o município de forma gigantesca. Trata-se de um gesto histórico, que vai colaborar de maneira decisiva para transformar também quartos e alas, como bloco cirúrgico, cozinha e lavanderia”, afirmou.
A Duratex é detentora das marcas Deca, Hydra, Ceusa, Durafloor, Duratex, e Portinari.
