MISTURA FINA: O tribunômetro

Apesar de oferecido a todos os vereadores e às lideranças partidárias na Câmara, o espaço da tribuna muitas vezes é dispensado pelos eleitos  do  povo. É na tribuna onde os vereadores podem falar sobre os projetos que estão sendo votados, levar solicitações da comunidade, fazer denúncias, apresentar sugestões ou destacar seu ponto de vista sobre determinada situação. Para mostrar o quanto os vereadores usam esse espaço, o Mistura Fina criou o Tribunômetro, uma medição do tempo de cada um na tribuna nas quatro sessões ordinárias e três extraordinárias realizadas em 2020.
O vereador que disparou o Tribunômetro neste ano foi Leandro Mariante (PT), atual presidente da Casa. Além de subir na tribuna por mais de 20 vezes, ele usou o  espaço por 1hora 41minutos  e 31 segundos. É mais que o dobro do segundo colocado, o colega Ramon (PT), que falou durante 50 minutos  e 33 segundos nas sessões de 2020.
Já no início do Tribunômetro, está o vereador Ademir Fagundes (PDT), com 3 minutos e 36 segundos de fala em 2020 e apenas uma ida à tribuna. Em seguida, quase empatado, está um trio dos partidos de oposição ao governo Maneco. Marquinho (PSDB) tem 9 minutos e 13 segundos; Clóvis Bavaresco (PP), 9 minutos e 18 segundos; e Pastora Mara (PSDB) 10 minutos e 29 segundos.
Logo depois, vem Beto da Beira do Rio (PSDB), com 16 minutos e 13 segundos. Cabe ressaltar que ele esteve vereador apenas na sessão de 21 de janeiro, quando ocupou a cadeira de Tio Nei,  então  licenciado.
Veja mais na imagem.

“Este é o nosso modo de fazer política”

Leandro Mariante disse que cada vereador tem seu jeito de conduzir o mandato. “Este é o nosso modo de fazer política. Nós usamos o espaço da tribuna para auxiliar o debate, com informação e conhecimento dos temas, para auxiliarmos nossos pares nas tomadas de decisões nas pautas da casa”, falou.
O vereador ressaltou que estuda todos os projetos que irão à votação, ouve as demandas da comunidade e entidades e as leva ao prefeito, vice e secretários.
“Acreditamos que a transparência é a melhor ferramenta no ato de fazer política para todos. Este é o nosso modo de fazer política, ou seja, de forma franca e objetiva. Mas claro que esta é nossa postura, e cada vereador tem a sua, e assim conduz o seu mandato”.

“Nossa função é analisar os projetos e votar sim ou não”

Para Ademir Fagundes, o tempo de fala na tribuna não muda em nada o papel do vereador. “Não faz diferença. Nossa função é analisar os projetos e votar sim ou não. Tudo é oficializado por documento, as indicações e os requerimentos, não preciso discutir cada um na tribuna, nem justificar o voto toda vez. Só uso a tribuna quando tem algum assunto que eu acho que é interessante para a comunidade”, disse. Para Ademir, parte das falas na tribuna são politicagem. “Essa parte política, para mim, não interessa”.

Fique por dentro

A Câmara esteve de recesso em fevereiro, quando realizou uma sessão solene, não contabilizada no Tribunômetro por ter ritual diferente às demais; e uma extraordinária, onde não houve pronunciamento dos vereadores. Os encontros contabilizados neste levantamento ocorreram nos dias 7 e 21 de janeiro e 3 e 10 de março. Foram quatro sessões ordinárias, onde cada vereador tem direito a dois espaços de fala, um de oito e outro de cinco minutos; e os líderes das bancadas (indicados dos partidos que têm vereadores eleitos) podem usar mais um tempo de seis minutos na tribuna. Além disso, para cada projeto ou requerimento votado, há mais um espaço de cinco minutos para cada um.
No período, também foram realizadas três sessões extraordinárias, onde os vereadores só podem falar por cinco minutos sobre cada projeto votado.

Corsan manifesta-se  sobre multas da Prefeitura

Na semana passada, o Mistura Fina publicou notícia de que a Prefeitura de Taquari havia multado em R$ 220 mil a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan),  por danos nas vias públicas. Nesta semana, a Corsan enviou posicionamento sobre o assunto. Segue, na íntegra.
“Após receber as notificações, a Corsan realizou vistorias in loco e elaborou relatório já encaminhado à Prefeitura. Nesse levantamento, consta que foram encontrados pontos, em torno de 30% dos notificados,  que não são de responsabilidade da Companhia. As  repavimentações de responsabilidade da Corsan e que necessitem  ser refeitas   já estão sendo incluídas às ordens de serviço no sistema da Companhia e devem ser executadas no prazo contratual. Porém a realização do serviço poderá sofrer alterações, considerando as determinações dos Decretos Estaduais e Municipais referentes  à  pandemia do Coronavírus”.

Vereadores fazem votação por WhatsApp

Com a suspensão das sessões ordinárias da Câmara por 30 dias, os vereadores só votarão projetos encaminhados extraordinariamente. Na segunda-feira, 23, ocorreu a última votação presencial, realizada na recepção da Casa. De acordo com o presidente da Câmara, Leandro Mariante (PT), as votações passam a ser feitas através do WhatsApp, visando a prevenir uma possível propagação do Coronavírus.
Na manhã de ontem ocorreu a primeira votação remota da Câmara de Taquari. Foram aprovados, por unanimidade, três projetos de lei que destinam, ao todo, R$ 1.026.729,20 para desenvolvimento de projetos na Sociedade Pella Bethânia. Os recursos destinados são provenientes de depósitos de doações empresas e parceiros da entidade no Fundo Municipal do Idoso.

Cemitério em Júlio de Castilhos precisa de limpeza

Um morador do interior, que preferiu não se identificar, enviou foto ao Mistura Fina sobre a situação do cemitério de Júlio de Castilhos. O mato já está na altura das sepulturas.

Esgoto a céu aberto no Léo Alvim Faller

O militar Dorli da Silva Souza, 65 anos, está cansado de pedir o conserto de uma canalização quebrada na rua Adroaldo Mesquita da Costa, próximo à esquina com a Horácio Junqueira, no bairro Leo Alvim Faller. Segundo contou ao Mistura Fina, faz mais de um ano que o problema ocorre em frente à casa de sua mãe. “É um fedor, ela não consegue sentar na sombra da frente de casa”, contou. O militar relatou que a Prefeitura já esteve averiguando a situação no local, mas nenhuma melhoria foi feita.
O coordenador de Obras, Luís Porto, averiguou a situação e informou que a denúncia deve ser feita no setor de Meio Ambiente, para que possam ser interrompidas as ligações de esgoto na canalização e informados aos moradores atingidos pela medida.