A moradora do Rincão, Maria Inês Borba, relata que há 10 meses encaminhou, na secretaria municipal da Saúde, o pedido de consulta com otorrinolaringologista para o filho, de 8 anos.
O menino precisa fazer cirurgia para retirada de carne esponjosa e foi encaminhado pela unidade de saúde do Rincão. “Se é um direito da criança e ela tem prioridade, por que tem que ficar tanto tempo? Não tem o que fazer! E só esperar, pode demorar mais um ano na fila”, diz a mãe. A atual situação do filho tem comprometido a fala, prejudicando o convívio social na escola. O menino diz que quer fazer a cirurgia e que os colegas o tratam com desprezo.
O que diz a prefeitura
Através da assessoria de imprensa, a prefeitura informou “que a inserção no sistema (GERCON) ocorreu em 23 de abril de 2019, tendo sido autorizada a consulta em 30 de maio de 2019. Após a autorização da regulação, é informado, via SMS, a data do atendimento; todavia, esse agendamento ainda não ocorreu. Inúmeros contatos foram feitos em relação à secretaria estadual de Saúde, com cobranças pontuais sobre esse caso específico (assim como se procede em relação aos demais pacientes que aguardam procedimentos via SMS), entretanto, a resposta do Estado é idêntica em todos os casos: é preciso aguardar!”.
A prefeitura disse ainda que a questão não difere de outras especialidades já noticiadas pelo jornal. “Tal qual como em traumato/ortopedia, ao município deveriam ser ofertadas vagas para o encaminhamento de pacientes já regulados pela secretaria municipal de Saúde, porém, essa oferta de vagas vem acontecendo muito abaixo da demanda (quando ocorre)”.